Laíre Rosado: Pensando na Família

Impossível não continuar falando sobre coronavírus, o assunto, atualmente, mais divulgado na mídia.

Desde a eleição do presidente Jair Messias Bolsonaro que o Brasil foi dividido, deixando as lideranças mais à esquerda estraçalhadas. Emergindo da condição de parlamentar do “baixo clero” para a mais alta posição política no país, o presidente eleito não se esforçou em apaziguar os ânimos, mas, ao contrário, manteve o estilo beligerante utilizado durante a campanha eleitoral.

Por incrível que pareça, a pandemia do novo coronavírus dividiu o próprio governo. Hoje, o presidente não consegue a unidade de pensamento em relação ao seu governo, onde os ministros mais destacados estão em choque com seu pensamento. Mandetta, da saúde, Moro, da Justiça, Paulo Guedes, economia e o vice-presidente Mourão, discordam abertamente das posições de Bolsonaro.

As equipes da saúde estão apavoradas por não conseguirem que os hospitais, privados ou públicos, UPAs, UBSs, não estão disponibilizando equipamentos de proteção. Os profissionais da saúde têm a missão de salvar vidas e não de correr o risco de morrer, por omissão dos dirigentes desses serviços.

Em Mossoró, há vários profissionais da saúde hospitalizados por conta da pandemia, alguns entubados e um registro de morte. Essa realidade não chega ao conhecimento da maioria do público, mesmo reproduzidos nas redes sociais.

Os poderes públicos precisam ser pressionados com maior intensidade. A população precisa se conscientizar da necessidade do isolamento temporário. Isso não acontecendo, será cobrado um preço muito elevado.

Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, disse que “não há um equilíbrio e é muito difícil dizer às pessoas ‘Olhem, continuem a ir a restaurantes, comprem novas casas, ignorem os corpos empilhados no canto. Queremos que continuem a gastar porque há um político que pensa que o crescimento do produto interno bruto é a única coisa que conta’. É muito irresponsável para alguém sugerir que podemos ter o melhor dos dois mundos”

“O efeito econômico disto é muito dramático. Não aconteceu nada como isto à economia no nosso tempo de vida. Mas recuperar a economia… é algo mais reversível do que trazer as pessoas de volta à vida. Por isso vamos ter de suportar a dor da dimensão econômica – uma dor enorme – de forma a minimizar a dor na dimensão das doenças e da morte”

No instante em que o cidadão observar o isolamento social o máximo possível. Assim estará pensando não somente em si, mas em sua família, em seus amigos e em todos que vivem no mesmo território físico.

 

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