Wilson Bezerra de Moura – UNIVERSIDADE PASSADO E PRESENTE
Resolvi num dado momento comentar sobre a UERN, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, antes Fundação Regional do Rio Grande do Norte – FURRN, que marcou uma época na história da educação apontada pelo esforço e disposição de valorosos Professores que se destinaram enfrentar as dificuldades e desafios de um tempo considerado precário para construir e edificar um patrimônio desse porte, implantando o Ensino Superior numa região do semiárido.
Somaram esforços os Professores Vingt-un Rosado, Raimundo Nonato, Alcides Jácome Mascarenhas, Evilásio Leão de Moura, João Batista Cascudo Rodrigues, José Rodrigues da Costa, Presidente da FUNCITEC e outros mais assumiram o compromisso com Mossoró de destinar-lhes uma Escola de nível superior e o fizeram com o sentimento de bem querer à região Mossoroense. Os primeiros sintomas partiram da Escola Técnica de Comercio União Caixeiral em 1937, uma escola que visava o preparo de funcionários para o comercio Mossoroense que naquele tempo vinha muito se desenvolvendo sem pessoas preparadas para essa atividade.
No cenário de concepção do ensino superior, foi criada em 1943 a Faculdade de Ciências Econômicas de Mossoró, com a ideia da FUNCITEC, Fundação para a Ciência e a Técnica em 1963, veio essa fundação ser criada exclusivamente para administrar o ensino de nível superior, por imposição do próprio desenvolvimento foram criadas as Faculdades de Serviço Social, Instituto de Ciências Humanas e Letras, que passaram a formar o complexo educacional sobre o encargo da FUNCITEC. Estava formado o embrião de uma Universidade que mais tarde viria se transformar numa grande Instituição que abarcaria a maioria das cidades do Rio Grande do Norte, como também envolveria maior dificuldade para conseguir manter a estrutura alcançada no contexto no ensino superior na região do Estado.
As dificuldades para mantê-la sempre foram presente em todos os momentos, até porque os recursos para o sistema de educação foram precários em todo trajeto histórico. Nos primeiros momentos ocorreu o Professor para receber seus vencimentos ser necessário cobrar IPTU dos contribuintes da cidade e enfrentar greve com duração de pouco mais de 40 dias. Dentro de outra realidade a mesma Universidade sofre as consequências da falta de recursos para sobreviver. Hoje mesmo sendo Estadual sofre as mesmas consequências da falta de recurso do Governo, embora o Professor não cobre IPTU para se ressarcir do salário, temos greve de 90 ou mais das para conseguir vencer os obstáculos que se deparam para garantir sua permanência como uma entidade de ensino superior como se não fosse de responsabilidade do próprio poder público a sua manutenção. O drama persiste para nutrir uma Universidade que relevantes serviços têm prestado à sociedade de Mossoró e do Rio Grande do Norte. O descaso do poder público sempre batente em todo percurso da história da educação.