Trama golpista: Dino marca início do julgamento dos ‘kids pretos’ para 11 de novembro
Trama golpista: Dino marca início do julgamento dos ‘kids pretos’ para 11 de novembro
Esse núcleo é composto por maioria de militares e, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi responsável por ‘ações coercitivas’.
Por Márcio Falcão, g1 e TV Globo — Brasília
06/10/2025 14h45 Atualizado há 49 minutos
Decisão de Flavio Dino possibilita que empresas que adotem sanções Magnitsky sejam punidas no Brasil. — Foto: Getty Images via BBC
Decisão de Flavio Dino possibilita que empresas que adotem sanções Magnitsky sejam punidas no Brasil. — Foto: Getty Images via BBC
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou nesta segunda-feira (6) o início do julgamento do “núcleo 3”, dos chamados “kids pretos”, na Primeira Turma da Corte, para 11 de novembro. Também foram reservadas as datas em 12, 18 e 19 de novembro.
As sessões serão realizadas pela manhã, das 9h às 12h. Nos dias 11 e 18 especificamente também haverá sessões à tarde, das 14h às 19h.
🔎No dia 11 de setembro, a Primeira Turma condenou os oito integrantes do chamado núcleo crucial da trama golpista. Entre eles, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cuja pena foi fixada em 27 anos e 3 meses de prisão.
Já o núcleo 3 é composto por maioria de militares e, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi responsável por “ações coercitivas”.
Eles também são chamados de “forças especiais”— militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais.
Segundo a PF, entre as ações elaboradas pelos indiciados desse grupo havia um “detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022” para matar os já eleitos presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).
Eles respondem pelos crimes de:
organização criminosa armada;
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
deterioração de patrimônio tombado.
São réus nesse núcleo:
tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior
tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Medeiros
coronel Marcio Nunes de Resende Júnior
coronel Fabrício Moreira de Bastos
coronel Bernardo Romão Corrêa Netto
Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal (PF)
tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo
tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira
tenente-coronel Hélio Ferreira Lima
general Estevam Gaspar de Oliveira
As defesas dos réus negam a participação na trama golpista.
O julgamento do “núcleo 4”, por sua vez, está marcado para começar em 14 de outubro. Esse grupo foi responsável, segundo a PGR, por “operações estratégicas de desinformação”, e também é composto em sua maioria por militares.
No caso do “núcleo 2” ainda falta a fase das defesas apresentarem as alegações finais para que o julgamento seja marcado.