Trump ‘supervisor’ de Gaza, libertação de reféns, anistia ao Hamas: o ponto a ponto do plano dos EUA para o fim da guerra

Os Estados Unidos divulgaram um plano de encerrar a guerra na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (29). Ao lado de Donald Trump, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que concorda com a proposta. Agora, o grupo terrorista Hamas precisa se manifestar.

 

A proposta prevê, entre vários pontos, a criação de um conselho internacional presidido por Trump, anistia a integrantes do Hamas que entregarem as armas e a possibilidade da criação de um Estado palestino.

 

Uma autoridade do Hamas disse à agência Reuters que vai analisar a proposta.

Entenda a proposta ponto a ponto, conforme comunicado divulgado pelos EUA:

 

🤝Condições para o fim imediato da guerra

Aceitação da proposta por ambas as partes;

Devolução de todos os reféns israelenses, vivos e mortos, em até 72 horas;

Israel não ocupará nem anexará Gaza;

Suspensão de todas as operações militares e retirada progressiva das forças israelenses conforme padrões e prazos acordados;

Congelamento das linhas de combate até a retirada completa.

🔁 Troca de reféns e prisioneiros

Após a devolução de todos os reféns israelenses, Israel libertará 250 prisioneiros palestinos com penas de prisão perpétua;

Também serão liberados 1.700 palestinos detidos após 7 de outubro de 2023, incluindo mulheres e crianças;

Para cada refém israelense falecido devolvido, serão entregues os restos mortais de 15 palestinos.

🛑 Anistia e passagem segura

Membros do Hamas que se comprometerem com a paz e entregarem suas armas receberão anistia;

Os membros do Hamas que desejarem deixar Gaza, segundo a proposta, terão passagem segura para outros países;

Em relação à população, ninguém será forçado a deixar Gaza: “Aqueles que desejarem sair poderão fazê-lo livremente e terão direito de retorno. Encorajaremos as pessoas a permanecer e lhes ofereceremos a oportunidade de construir uma Gaza melhor”.

🚑 Ajuda humanitária

Envio imediato de ajuda humanitária completa;

Reabilitação de infraestrutura básica: água, eletricidade, esgoto, hospitais, padarias;

Entrada de equipamentos para remoção de escombros e abertura de vias;

Distribuição feita por ONU, Crescente Vermelho e instituições neutras;

Abertura da passagem de Rafah conforme acordo anterior.

🏛️ Governança de transição

Gaza será administrada por um comitê palestino tecnocrático e apolítico;

Supervisão por um órgão internacional chamado “Conselho da Paz”, presidido por Trump;

Participação de especialistas internacionais e líderes como Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido;

Não foi divulgado se Israel fará parte do conselho presidido por Trump.

🛡️ Desmilitarização de Gaza

Hamas e outras facções não terão papel no governo;

Destruição de infraestrutura militar e terrorista, como os túneis subterrâneos usados pelo grupo;

Processo de desativação de armas supervisionado por monitores independentes.

🏳️ Caminho para o Estado Palestino

Reconstrução de Gaza e reformas da Autoridade Palestina como pré-condições;

Estabelecimento de diálogo entre Israel e palestinos para definir horizonte político;

Estabelecimento de processo baseado em tolerância e convivência pacífica.

💼 Plano econômico de reconstrução

Painel de especialistas desenvolverá plano de revitalização;

Criação de zona econômica especial com tarifas preferenciais;

Estímulo à permanência da população com oportunidades de trabalho e desenvolvimento;

Governança “moderna e eficiente voltada para atrair investimentos”.

🔒 Garantias de segurança

Parceiros regionais garantirão cumprimento das obrigações por Hamas e facções;

Implementação imediata da Força Internacional de Estabilização (ISF) em Gaza;

Treinamento e suporte às forças policiais palestinas;

Perímetro de segurança entre Israel e a Faixa de Gaza até que o território esteja estabilizado;

Cooperação com Jordânia e Egito;

Proteção de fronteiras e controle de entrada de munições.

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