Reciclagem: Noruega dá o exemplo

País recicla 97% das garrafas de plástico.

A Noruega é um dos países no topo de quase todos os indicadores de desenvolvimento. E também na reciclagem de garrafas de plástico de bebidas, graças a um sistema de depósito das embalagens usadas.

O país atingiu dez anos antes o objetivo da União Europeia para 2029. A taxa de reciclagem de garrafas de plástico é inferior a 60% no Reino Unido e na França e situa-se entre os 85 e os 90% na Alemanha e na Suécia. Na Noruega, cada garrafa de plástico é feita de cerca de 10% de material reciclado.

É um sistema quase perfeito no combate à proliferação do plástico e há um interesse de vários países em adotá-lo. Os produtores de garrafas de plástico na Noruega pagam um imposto ambiental consoante a taxa de reciclagem e caso reciclem a produção em mais de 95% ficam isentos. No entanto, para conseguir esse resultado necessitam da colaboração dos consumidores.

Os noruegueses podem devolver as embalagens em máquinas criadas para o efeito ou nos balcões das lojas em que as garrafas foram compradas. Após a leitura do código de barras o consumidor recebe um cupão ou dinheiro, sendo que o valor difere de acordo com o volume da garrafa. No fundo, apenas o produto está a ser adquirido pelo consumidor.

O sistema, que é considerado um dos mais eficientes do mundo, funciona para todos desde 2011 – desde então que as empresas não pagam o imposto. A taxa de reciclagem de todas as garrafas de plástico está em 97%, sendo que 92% voltam a ter nova vida como garrafas de plástico. E parte das garrafas já terá sido reciclada mais de 50 vezes.

A União Europeia tem como meta a recolha de 90% das garrafas de plástico até 2025. Plásticos de uso único, como pratos, talheres e copos para bebidas de plástico vão ser proibidos a partir de 2021. No entanto, a produção de plástico a nível global mostra-se imparável: um milhão de garrafas de plástico são consumidas a cada minuto.

O Governo norueguês quer ir ainda mais longe, com um imposto regressivo que deve fazer com que as empresas usem ainda mais plástico usado, que é muito mais caro do que o novo. De acordo com a World Wide Fund for Nature, o equivalente a 15 toneladas métricas de plástico é despejado nos oceanos a cada minuto.

O pior de tudo é o plástico deixado na natureza… que se dispersa e vai parar aos oceanos, onde se fragmenta em pedaços muito pequenos, sendo ingeridos pelos animais e chegando ao prato dos consumidores, no sal, algas, peixes e aves.

Este é um bom exemplo e por isso deve ser partilhado.

Fonte Associação Sealand Santa Cruz