38% do mercado de botijão de gás passam pela mão de revendedores ilegais

Estima-se que por volta de 38% do mercado passe pela mão de revendedores ilegais, considerado uma questão de segurança pública. O risco ao consumidor vai desde a compra de um botijão que pode não estar totalmente cheio, até uma peça com válvulas fora de validade.

Em levantamento feito pelo Hospital da Restauração (HR), área central do Recife, foi apontado que mais de 60% dos queimados atendidos são vítimas de acidentes com gás clandestino e álcool. E, de acordo com reportagem da TV Globo da capital pernambucana veiculada em dezembro de 2017, grande parte se deu por conta do aumento de gás na cidade – o que favoreceu a venda de botijões clandestinos.

“As pessoas que vendem o botijão de gás na rua, muitas vezes em bicicletas e motos, e que não têm CNPJ regulamentado e cadastrado na ANP, são clandestinas. E, por isso, não precisam se preocupar com os critérios exigidos pela agência”, explica Andressa Cabral, head of operations da Chama, empresa regulamentada.

Apesar da fiscalização, que envolve visitas em revendas em um canal de denúncias, os preços abaixo do mercado cobrados pelos clandestinos ainda atraem consumidores desavisados. “É um perigo para toda a família, pois no caso de um vazamento basta uma faísca para provocar a explosão”, salienta Andressa.

Regulamentada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a indústria do gás exige que cada revenda esteja em dia com uma série de documentações, como CNPJ, autorização do Corpo de Bombeiros e alvará da prefeitura. Com essas e outras informações, ela concede às revendas de gás uma classificação de acordo com dados como a capacidade de estoque.