Coluna Laíre Rosado: Direita do RN se articula em BSB

Reuniões políticas importantes costumam acontecer em Brasília. Além da distância do local da disputa, existe a neutralidade do espaço e a atmosfera política impregnante na capital federal. Os políticos locais preferem esse ambiente, sem a especulação direta de jornalistas e comunicadores.

Foi nessa condição que a direita do Rio Grande do Norte reuniu lideranças no apartamento do senador Rogério Marinho com o objetivo de definir metas para a eleição do futuro prefeito de Natal. Quando falo em políticos de direita quero deixar claro que houve o cuidado em reunir não apenas os que simpatizam com a política do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas, também, os que não aceitam maior aproximação com a esquerda política.

Além de ser o líder da oposição no Senado, tão diversificada, o senador Rogério Marinho mostra que tem condições de reunir, não é preciso liderar, tendências conflitantes, como o senador Styvenson Valentim, os deputados federais General Girão (PL), Sargento Gonçalves (PL), Paulinho Freire (União), o presidente estadual do podemos, Breno Queiroga e um pré-candidato a prefeito da capital, Bruno Giovanni. No próximo encontro, acredita, outros políticos estarão presentes.

Rogério Marinho está consciente da posição política que está assumindo, ocupando gradativamente a liderança da oposição estadual. Outros nomes, como Álvaro Dias, Carlos Eduardo Alves, General Girão, Styvenson Valentim, entre muitos que podem pretender essa ocupação, não possuem o poder de mobilização nem a obstinação que tem mostrado o senador. Para executar o projeto, precisa mostrar habilidade suficiente para juntar tantos desiguais, mas que sonham com o mesmo projeto.

Na área situacionista, a governadora Fátima Bezerra tem que exercer plenamente a liderança do bloco. Outros aliados apenas complementam sua função que, diga de passagem, não é das mais fáceis. O fato de haver ocupado vários cargos políticos, antes de chegar ao Governo do Estado, pode credenciá-la para essa liderança. Contudo, fora do Executivo, será mais difícil desempenhar essa liderança, sobretudo entre políticos de partidos que não o dos trabalhadores.

Laíre Rosado é médico e ex-deputado federal

 

 

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