Wilson Bezerra de Moura – A figura de Artur Capote

Um politico candidato a qualquer cargo eletivo, não importando a que, o popular Artur Capote, seu nome verdadeiro Pedro Artur da Silveira Martins, conviveu entre os Mossoroenses, quando abriu o pleito eleitoral, naquele tempo não era necessário filiação partidária, lá estava Capote com sua documentação pronta se candidatando a qualquer cargo na municipalidade.

O Artur Capote, saia todas às vezes quando candidato com papel almaço, tinteiro caneta com bico de pato, colhendo assinaturas do povo e, por certo aquele que assinasse o abaixo assinado, ele contava voto certo, só que na realidade o resultado era bem diferente.

Num dado momento de campanha o Capote, marcou um comício no bairro Paredões, o doutor Paulo Fernandes, era o administrativo municipal, que compareceu ao comício atendendo o convite do candidato Artur Capote, para referendar perante o público eleitor a proposta por ele arrolada em seu programa sugerida, a ser aplicada após ser eleito. Interessante, segundo Lauro da Escóssia em Mossoró do Passado, edição de março de 1981, uma destas era a transposição da agua do Mar através de canais de alongamento do Rio Mossoró, com vistas a transformar a vasta área da cidade em praia.

A intenção era evitar a ida do povo à Praia, uma proposta audaciosa, ou melhor, dizendo, um Miguel Mossoró dos dias de hoje. Ainda fazia parte do projeto politico do Artur Capote, colocar mictórios nas Ruas para atender o público. Projetava construir chafarizes para distribuição de agua grátis à população além de atendimento aos carentes de remédio. Esse período de atuação do politico Pedro Artur da Silveira Martins foi o tempo áureo da campanha do doutor Rafael Fernandes Gurjão no ano de 1935, mais de certa forma o Capote movimentou a campanha e o Supremo Tribunal Eleitoral sob a batuta do Excelentíssimo Presidente da corte, ministro Hermenegildo de Barros, deu cobertura legal ao pleito.