OPINIÃO: “1° DE JANEIRO 2023”

 

Ney Lopes

Hoje 1° de janeiro de 2023. Dia da Confraternização Universal.

Em cenário global de inquietude, cabe uma palavra de otimismo, de crença, de confiança.

Ontem, 31, no final do ano, escrevi sobre memórias, marcas e dores do ano de 2022, como retrospectiva de fatos verdadeiros acontecidos.

Hoje, 1, no início do novo ano é hora de exaltar a solidariedade.

Mário Quintana considerava que “O Ano Novo ainda não tem pecado: é tão criança! Vamos embalá-lo… Vamos todos cantar juntos em seu berço, de mãos dadas, a canção eterna da esperança”.

As comemorações do Ano Novo variam de cultura a cultura, mas universalmente a entrada do Ano é festejada, mesmo em datas diversas.

Ao redor do mundo, as pessoas têm muitos costumes diferentes para começar bem o ano. A roupa da passagem de ano é um deles.

Na Rússia todos vestem a melhor roupa, por acreditarem que “como se passa a noite de anovo, assim será o ano todo”.

Na Coréia do Sul, antes do café da manhã do dia primeiro, todos tomam banho e vestem roupas novas. Na Malásia, as roupas devem ser novas dos pés à cabeça.

Na Líbia, antes do novo ano, as crianças recebem roupas novas para os festejos.

As cores guardam muita simbologia no ano novo. Os azuis e vermelhos exprimem verdade e sabedoria. A língua de fogo do Amor Divino é vermelha, que traduz altruísmo e sacrifício.

O amarelo é o símbolo do amor associado à luz, à sabedoria e à palavra. O branco é o símbolo da própria luz, emblema da Divindade máxima.

O azul e o banco guardam relação que exprime verdade e sabedoria. O branco não absorve nenhuma luz e reflete todas as demais radiações luminosas. O azul restaura a paz, a tranquilidade, a perfeição moral.

A comida marca momentos de congraçamento, tais como, nascimentos, casamentos e é claro, a comemoração do ano novo. A fartura à mesa reflete o desejo de abundância no futuro.

O vinho não pode faltar. É resultado da fermentação da uva que tem mais de duas mil espécies.

A Bíblia cita 191 vezes as propriedades curativas do vinho. No Egito se prescrevia vinho para tratamento de vesícula inflamada, prisão de ventre, verminose e nefrite.

Os judeus nos tempos antigos consideravam que o vinho era o remédio mais importante entre os conhecidos à época.

A água está presente nos rituais do final de ano. Em Portugal, nas cidades a beira mar, as pessoas banham-se no mar para atrair sorte.

Na Índia e no Sudeste Asiático os fiéis lavam as estátuas santas e a si próprio nos rios.

No Brasil jogam-se ao mar flores brancas, colares e perfumes, sobretudo no Rio e na Bahia.

Com toda essa diferenciação cultural ao redor do mundo, o final do ano traz consigo a esperança do que se deseja para o futuro.

Os abraços e gritos, do Oiapoque ao Chuí significarão momento mágico, simbólico, onde as aspirações comuns de todos convergirão para Deus, na expectativa de que continue a ser brasileiro.

O fundamental é a fé, de que o mundo acordará para viver um espírito solidário mais intenso e duradouro.

Amém!

O papa Bento XVI

Ontem, 31, faleceu o Papa Bento XVI que serviu ao pontificado por quase oito anos.

O seu afastamento voluntário em   em 28 de fevereiro de 2013 foi também a admissão da sua dificuldade em transpor obstáculos que enfrentava no Pontificado.

Antes de ser eleito Papa, Ratzinger serviu durante 24 anos como “ministro” ou prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Dos escritórios do antigo Santo Ofício da Inquisição, tratava dos casos de pedofilia e reportava regularmente a João Paulo II.

A lei do silêncio estava então em vigor no Vaticano.

Neste sábado, 31, a Santa Sé divulgou “o testamento espiritual” de Bento XVI.

Lê-se no documento: “A todos aqueles que, de alguma forma, prejudiquei, peço perdão de coração”.

Prossegue: “Agradeço em primeiro lugar a Deus, dispensador de todo o bem, que me deu a vida e me guiou em vários momentos de confusão, levantando-me sempre que eu começava a resvalar, mostrando-me sempre de novo a luz do seu rosto”, escreve.

O papa emérito agradece também aos pais que lhe deram a vida “num momento difícil”, na Alemanha, em 1927, entre as duas grandes guerras e quando o país caminhava para o nazismo, e aos irmãos Maria e Georg.

O Papa Francisco tem mais um desafio no comando da Igreja, que será governar sem ter ao seu lado o amigo Bento XVI.

Deus o ajude!

 

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