A PERSEGUIÇÃO SISTEMÁTICA E O SILÊNCIO DOS BONS. – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

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A PERSEGUIÇÃO SISTEMÁTICA E O SILÊNCIO DOS BONS.

A grande verdade é que ocorre à luz do dia uma perseguição judicial, ou assédio judicial, aos que se declaram contra os privilégios dos donos do poder. E em virtude disso, a população vem sendo silenciada, ameaçada de prisão, julgada sem o devido processo legal, ampla defesa e contraditório. E, a mídia, simpatizante do poder temporal, vem sendo aplaudida de pé com aclamações, esquecendo-se de que o poder mudar de lado. E quem era perseguido pode se transformar em perseguidor usado a lei como desculpa, o que é feito em nossos dias.

Os abusos do sistema atual, como, por exemplo: ajuizamento de diversos processos de um mesmo fato, mostram que a intencionalidade daquele que ajuíza a ação é apenas intimidar, desgastar, silenciar, vozes ativistas, jornalistas, políticos, partidos ou grupo de pessoas. Logo, os impetrantes não têm o desejo da vitória judicial, mas de gerar oneração à defesa, mídia destrutiva do oponente político, criar temor, e principalmente cercear a liberdade de expressão e de imprensa.

Vejamos a declaração antiga, com os pés na atualidade, de Martin Niemoller, sobre o silêncio dos bens.

Primeiro levaram os comunistas,

Mas não falei, por não ser comunista.

Depois, perseguiram os judeus,

Nada disse então, por não ser judeu,

Em seguida, castigaram os sindicalistas

Decidi não falar, porque não sou sindicalista.

Mais tarde, foi a vez dos católicos,

Também me calei, por ser protestante.

Então, um dia, vieram buscar-me.

Nessa altura, já não restava nenhuma voz,

Que, em meu nome, se fizesse ouvir. (Martin Niemoller)

Portanto, quando os bons se calam contra as injustiças, mesmo que seja contra o seu inimigo, uma parte da humanidade morre e a democracia, sendo fruto das lutas humanas, perde um pedaço da sua essência.

Muita Paz, Luz e Justiça a todos!

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo

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