O que torna o míssil Meteor um dos mais letais do mundo? FAB faz teste inédito no Brasil

O míssil Meteor, lançado pela Força Aérea Brasileira (FAB) a partir de um caça F-39E Gripen na semana passada na Base Aérea de Natal (Bant), é um dos mais letais da atualidade e o mais avançado da América do Sul, segundo a própria instituição.

 

Outros países que já operam com o míssil são a França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e Índia.

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O primeiro lançamento do míssil foi realizado na Bant na quinta-feira passada (27), sendo considerado um “sucesso absoluto”. (Veja mais detalhes do lançamento mais abaixo).

 

A fabricante do míssil participou do exercício junto com o Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), organização da Força Aérea Brasileira.

Segundo a FAB, o Meteor é um míssil BVR, o que significa que ele vai além do alcance visual e oferece capacidade contra alvos a longa distância, como caças, Veículos Aéreos Remotamente Pilotados (drones) e mísseis de cruzeiro, em um ambiente com maciça interferência de contramedidas eletrônicas.

Diferentemente dos mísseis convencionais, o Meteor conta com um motor “ramjet”, capaz de modular a velocidade e o consumo de combustível durante o voo, acelerando na parte final, quando o alvo se encontra sem possibilidade de escapar.

A Força Aérea Brasileira informou ainda que o míssil também conta com um link de dados bidirecional, o que permite que a aeronave de caça forneça atualizações de destino do míssil no meio do curso ou um redirecionamento, se necessário, incluindo dados de outras aeronaves.

O míssil pode, inclusive, ser lançado sem emitir sinais de seu radar até chegar mais próximo do alvo, dificultando a detecção por aeronaves adversárias, segundo a FAB.

“O míssil Meteor é o resultado de um dos mais exitosos programas de cooperação industrial da Europa em termos de defesa e, o que o torna um dos mais avançados do mundo é graças à propulsão, porque ele tem um motor Ramjet de empuxo variável, ou seja, significa que ao ser lançado, ele acelera e, ao contrário dos mísseis convencionais, pode continuar acelerando ou manter a velocidade durante toda a trajetória até o impacto com o alvo”, explicou o Executivo Regional de Vendas da MBDA para o Brasil, Ricardo Mantovani.

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