‘Tesla está em colapso e pode ser que não se recupere’: vendas e preços de ações da montadora despencam ainda mais

As vendas de carros da Tesla, empresa chefiada por Elon Musk, despencaram para o menor nível dos últimos três anos.

 

A fabricante de veículos elétricos entregou quase 337 mil unidades nos primeiros três meses de 2025 — uma queda de 13% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Após a divulgação dos baixos números de vendas, as ações da empresa recuaram no início do pregão de quarta-feira (2/4).

 

Os carros da companhia enfrentam uma competição cada vez maior da empresa chinesa BYD, mas especialistas acreditam que o papel controverso de Musk na administração Donald Trump também tem uma influência nesse fenômeno.

 

A empresa atribuiu a queda nas vendas à transição para uma nova versão de seu carro mais popular.

 

No entanto, alguns analistas apontam o dedo para o próprio Musk.

“Esses números são péssimos”, escreveu no X (antigo Twitter) Ross Gerber, um dos primeiros investidores da Tesla, do grupo Gerber Kawasaki Wealth and Investment Management.

“A Tesla está em colapso e pode ser que não se recupere”, acrescentou ele, que já foi um apoiador de Musk, mas recentemente pediu que o conselho da empresa removesse o bilionário do cargo de CEO.

 

A ‘queda da Tesla’

O ativismo político de Musk gerou uma onda de protestos e boicotes ao redor do mundo.

 

Ele atualmente lidera a iniciativa do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) do presidente Donald Trump, criada com o objetivo de cortar gastos e reduzir o volume de servidores federais.

 

Na quarta-feira (2/3), o site Politico relatou que Trump teria dito a pessoas de seu círculo íntimo que Musk se afastaria do governo nas próximas semanas.

 

Logo após a publicação da notícia, o preço das ações da Tesla voltou a subir.

 

A Casa Branca, no entanto, refutou a reportagem, classificando-a como “lixo”.

 

Por ser considerado um funcionário especial do governo, por lei Musk só pode servir no governo por 130 dias durante o ano, o que significaria que ele teria de deixar o posto até meados de junho.

 

O chefe da Tesla é o homem mais rico do mundo e contribuiu com mais de US$ 250 milhões (R$ 1,4 bi) para ajudar Trump a ser eleito nas eleições de novembro de 2024.

 

Nas últimas semanas, ele investiu mais dinheiro em uma corrida para a Suprema Corte de Wisconsin, ao apoiar o ex-procurador-geral republicano Brad Schimel — que acabou derrotado na terça-feira (1/4).

 

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