Wilson Bezerra de Moura – RAIMUNDO CARLYLE – CARTA ABERTA

Faço desta ocasião uma aula da saudade, momentos de recordações porque envolve pessoas bastante ligadas como amigos que nutriram uma vida intimas ligadas pelo afeto e quem me despertou esse instante foi um artigo que encontrei escrito pelo o hoje doutor Raimundo Carlyle. Entre os três mil e poucos alunos do nosso Colégio Estadual, depois Centro Educacional Jerônimo Rosado, ali estava o menino Raimundo Carlyle, que depois de terminar o curso médio, concluiu o Universitário logo mais fez concurso para Juiz e até hoje se encontra na magistratura, quando somente no dia 28.09.016,deparo-me com um artigo por ele escrito.

Para mim uma surpresa agradável que me comoveu por relembrar os velhos tempos, quando da nossa convivência com seu pai José de Adélia e sua mãe irmã de Ramalho do Banco do Nordeste, Gutemberg Pinheiro de Oliveira seu tio, ao tempo funcionário da firma Almeida Aires e Companhia e de meu tempo de caminhada em busca de uma dose alcoólica, enfim da antiga Rua José de Alencar onde eles moravam e Tiradentes onde ficava minha casa, logo na Rua da frente. É a vez de dizer éramos felizes e não sabíamos.

Convivi uma eterna existência na educação, e me considero satisfeito, renunciei a advocacia e continuei como Professor, do ensino médio até o Universitário e me considero satisfeito porque deixei muitos amigos, ex-alunos do ginásio com mais e 40 anos quando se deparam comigo manifesta uma satisfação e eu muito mais com eles, até porque é isto que me faz compensado pelo meu trabalho no magistério.

O doutor Raimundo é um desses, a diferença é que nunca mais o vi, apenas me deparei depois desses longos anos através do jornal o Mossoroense em sua edição de 28.09.016, na mesma página meu artigo, só que, esse encontro promoveu o mesmo sentimento de alegria em reviver um passado daquele rapaz nas fileiras do velho Colégio Estadual onde ali passei mais de dezoito anos, como professor, vice-diretor, diretor. Revivi um tempo de recordação de seus pais, tios com o quais fomos ligados por sincera amizade até o período nos separar. O tempo corre mais para o passado, é por isso que o buscamos para justamente reviver uma estação que não volta mais, porem alimenta  sentimentos que só vem nos engrandecer.

Apesar da pouca distancia entre Mossoró e Natal, cortamos as relações de afeto fazendo com que o tempo apague uma amizade que só agora faz ressurgir.