Wilson Bezerra de Moura – Professor Almeida Barreto
No último dia 02 de março, o Colégio Diocesano Santa Luzia, comemorou 115 anos de existência. Os diretores, padres Sátiro e Charles, celebraram uma missa em ação de graça comemorando o grande feito.
A visitação da comunidade, alunos, ex-alunos sociedade em geral foi grande. Então me veio à mente o passado e nele a figura de um dos nobres diretores, o professor Almeida Barreto. O tratamento tempos antes de sua morte, ocorrida no ano de 1961, era Padre Manuel de Almeida Barreto.
Homem influente na vida religiosa e educacional da cidade de Mossoró, onde exerceu por alguns anos a preparação espiritual de muitos fiéis na diocese Mossoroense, até deixar a batina. Foi nessa época diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia, exercendo com maestria o magistério.
O professor Almeida Barreto era considerado um intelectual, excelente tribuno com destacada atuação na vida social da cidade. Como sacerdote veio para Mossoró, e aqui prestou inestimáveis serviços não só à causa religiosa, mais também como lente na formação de várias gerações.
Como diretor duas vezes do Colégio Diocesano Santa Luzia, em cujos mandatos foram considerados dos melhores para professores e diretor, segundo relato feito por Lauro da Escóssia, o mesmo foi responsável pela formação de jovens que se transformaram em excelentes profissionais nas mais diferentes áreas da atividade.
Quanto ao mesmo registro histórico, foi um autentico orador nas comemorações cívicas do município, sendo em todas elas convidados para levar a mensagem em nome de todos, e numa dessas que marcou foi a de 30 de setembro de 1913, na comemoração dos 30 aniversários da Abolição da escravatura na região de Mossoró.
O Professor Manuel de Almeida Barreto nasceu na Fazenda “Marajá”, município de Canguaretama, Rio Grande do Norte, em 10 de janeiro de 1885 e faleceu na cidade do Recife no ano de 1961, aos 76 anos de idade.
Um detalhe de sua história é que seu corpo foi transladado de Recife (PE) para Campina Grande (PB), onde morava conduzido pela maçonaria onde naquela cidade paraibana foi sepultado.
Entre os trabalhos literários por ele produzidos está um livro intitulado “memórias” de um exilado de “Marajá”, terra onde ele nasceu e migrou a Mossoró, e nessa terra contribuiu para inúmeras correntes, entre estas no jornalismo, escrevendo para o Jornal O Mossoroense usando o pseudônimo de Dick.