Wilson Bezerra de Moura – PRIMEIROS MOMENTOS DO CARNAVAL MOSSOROENSE

Carnaval é festa do povo, é manifestação de alegria popular, onde todos se unem para festejar o Rei momo, o Rei da alegria. Em sua coluna Mossoró no Passado, o jornalista Lauro da Escóssia descreveu com maestria o que foram os primeiros momentos da festa popular nos idos de 1924 e nós a transmitimos aos dias atuais.

A apresentação do Clube Baraúnas, nas tardes domingueiras do carnaval, composto de 26 foliões participando como balizo Severino Saldanha e Elísio Felipe, porta-bandeira Luiz de Oliveira Leite, orquestra de Geraldo Paraguai, José Pereira e baterista sob a direção geral de Francisco Filgueira, deram o chute inicial da folia monista na cidade sob os aplausos do publico.

A “musica marcha de guerra, “as Baraúnas” de autoria de Francisco Wanderley de Albuquerque e outra” “Baraúna de Ponta” de autoria de Manoel Rodrigues. Esse ano de 1924 foi de grande importância para o Carnaval, pois foi fundado o Clube dos Pimpões, no bairro dos Paredões, sob a batuta de seus diretores Alcindo Galvão de Miranda, Fernando Diniz Rocha, Cicero de Oliveira e Pedro Freire da Silva. A ala de foliões como baliza, preenchida pelos senhores Cícero Machado e Antenor do Nascimento e a marcha principal cantada pelo trio festivo, foi de autoria do beletrista Tibério Bulamarque.

Nessa fase de implantação dos Clubes Carnavalescos, os Democratas, deram sua parcela à frente os foliões Francisco Lima, Manoel Ferreira, tendo como baliza Pedro Barbosa, incontidas emoções transpuseram o tempo mais infelizmente o anseio carnavalesco perdeu o sentido de festa popular e passou a existir nos arquivos do esquecimento. Morre o ideal de fazer o povo feliz, desapareceram os músicos alegres já não existe o sorriso que alimentava a Paz e tranquilidade do povo pela justa causa de viver.

Faltou ao povo o entusiasmo e júbilo assim o foram também a tranquilidade de esbanjar felicidades, porque a música hoje não desperta nenhum sentimento de alegria ou alento e o entusiasmo perderam-se no tempo amordaço pela intranquilidade de conviver.