Wilson Bezerra de Moura – LIBERDADE NEGRA EMBORA TEMPORÁRIA

A Escravidão negra deixou suas marcas na história do Brasil que jamais se apagará da mente dos brasileiros, porquanto foi a forma pela qual os descobridores encontraram para conquistar soberania econômica, politica e social, à custa da miséria e sacrifício do ser humano, uma forma brutal de apoderar-se de poder. Durante décadas esse martírio permaneceu até que aos poucos as nações estrangeiras foram enojando esse sistema cruel ao ponto da Inglaterra decretar barreira a esse sistema politico com ameaças de suspender o relacionamento política maneira encontrada para forçar a extinção.

Aos poucos campanha em favor da abolição foi se materializando, a ideia conquistando a simpatia popular do Libertador, órgão da Sociedade Cearense deu seu primeiro sinal de alerta em primeiro de janeiro de 1881, cujo jornal em Fortaleza tinha como redatores abolicionistas José Teles Marrocos, Antônio Martins, Antônio Bezerra de Menezes que lutavam nas paginas de suas edições pela conquista e adesão dos cearenses. Enquanto isso o Jornal O Mossoroense que em 1874, era dirigido por Jeremias da Rocha Nogueira, encampava o mesmo ideal de libertação, levando os idealistas da região a encarar com seriedade o processo abolicionista. Romualdo Lopes Galvão esteve em Acarape, Ceará depois Redenção, viu o entusiasmo que tomava conta do povo, copiou a ideia e a trouxe para Mossoró.

Dentro de logo mais a ideia trazida por Romualdo Lopes Galvão lá do Ceará serviu de estimulo a que prosperasse o sentimento abolicionista. Na Loja Maçônica 24 de junho, uma maçonaria nova que acabava de ser fundada em 24 de junho de 1873, facilmente abraçou a ideia e seus membros lançaram-se num trabalho de conscientização do povo com vistas a difundir o quanto antes a libertação dos poucos escravos que aqui existia. Firmou-se o seguro propósito com a Fundação da Libertadora Mossoroense, um instituto que viria mais consolidar o ideal. Através dessa Libertadora seus  idealizadores foram  não  só à loja Maçônica 24 de junho como a Câmara Municipal convence-los  a aderir a campanha necessária ao convencimento da população a aderir o proposito.

Portanto, em terras Mossoroense os idealistas Romualdo Lopes Galvão, Joaquim Bezerra da Costa Mendes entre estes o intelectual Almino Alvares Afonso, exploraram  a campanha pro abolição através da Libertadora Mossoroense como verdadeiro instrumento de divulgação e conscientização do povo, em vista de conquistar  adesão popular. A extinção do regime escravista era irreversível o povo não tolerava assistir um drama terrível e desumano, por mais tempo. A integração entre os devaneadores que também eram maçons, com segurança liberta o Escravo Rafael Mossoroense, sendo daí por diante lançada a ideia com maior perspicácia,  em suas intimidades na Ordem maçônica discutiram e levaram a serio a necessidade imediata  da abolição da raça negra, muito embora até hoje  não  foi possível  extinguir a escravidão branca. A negra deu-se primeiramente em  Acarape  no Ceará e Mossoró, no Rio Grande do Norte a libertação Escura, posteriormente a nível Nacional a princesa Izabel determinou em 1888 que daí em diante não devia  existiria mais escravos no Brasil.

  Em primeiro de janeiro de 1883, na Vila de Acarape, Ceará, consagrando o movimento estiveram unidas a Libertadora Mossoroense e Cearense investidos do mesmo proposto. A libertadora Mossoroense  com seu Estandarte elaborado carinhosamente por Amélia de Souza Galvão, esposa de Romualdo tremulou em Ruas da Cidade de Mossoró ,com a presença da Libertadora Cearense demonstraram o sucesso em 30 de setembro de 1883. O episódio alcançado com a batalha travada para o fim de libertar os escravos da Região. As duas Libertadoras, Mossoroense e Cearense atingiram seus objetivos dando o pontapé à causa abolicionista que conquistaria o final, cinco anos depois por determinação do poder central.