Wilson Bezerra de Moura – CHÃO ABRIU E PILÃO AFUNDOU

Existiu em Mossoró um jornal chamado O NORDESTE, cujo editor e diretor era o jornalista Jose Martins de Vasconcelos, pessoa bastante identificado com a sociedade cultural da cidade. Foi então em sua edição de 30 de novembro de 1929, que esse periódico divulgou uma noticia que chamou a atenção na época.

Uma empregada doméstica pilava café quando num dado momento o pilão afundou e o acontecimento ocorreu na residência do empresário salineiro José Rodrigues de Lima, à Rua Dionísio Filgueira. O fogão realmente afundou embora o terreno fosse cimentado, deixou um profundo buraco que de imediato permitiu a cozinheira bastante espantada e chamou a atenção da vizinhança ou de quem toda população da vizinhança  até porque a cidade naquele tempo era pequena. Dizia a noticia do jornal do Vasconcelos que tanta gente acorreu à casa do senhor José Rodrigues, que foi preciso montar uma guarda para controlar a presença do povo. As conversas circulavam pela cidade com muitos e divergentes pontos de vista primeiro que aquilo era ato do demônio ou então do espirito maligno, até porque o proprietário professava a lei do espiritismo, até o padre Mota foi chamado para benzer o local.

Afinal de contas a história foi modificada para a realidade, naquele local era uma fossa que tinha sido enterrada e as paredes naturalmente com as batidas do pilão arriaram. Tanto assim que um popular de nome Siríaco, homem de coragem resolveu descer amarrado numa corda e foi lá embaixo buscar o pilão. Tudo terminou quando do aparecimento do pilão e foi-se embora qualquer tipo de superstição. Da mesma forma acabado o ato também findou a história. O padre Mota chamado para benzer o local era justamente da família do proprietário da casa.

Por fim o esclarecimento sobre a realidade, pôs fim a mais um mistério engendrado com uma mente supersticiosa.

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