Wilson Bezerra de Moura – CARNAVAL ALEGRIA POPULAR
A época de carnaval é momento de alegria popular, festa do povo, onde sem dúvida a sociedade se insurge em absoluta ascendência sob a folia de um Rei sob o mando da comunidade ansiosa em vivenciar por alguns dias a alegria incontida do frevo carnavalesco.
É verdade que, ao tempo do frevo popular as atenções são voltadas para o momento exclusivamente, sem que miguem se preocupe com crise politico social ou mesmo econômica em que passe a nação. A festa vence tudo e todos os obstáculos. É uma brincadeira envolvente que pela sua natureza envolve o povo, este perde por completo a noção de qualquer movimento contrário à brincadeira do carnaval. O pensamento se volta por completo ao entusiasmo festivo.
Carnaval como já disse é momento de todos e a animação atinge do jovem ao velho, as pessoas se fantasiam da maneira que quer e pode de sorte a extrapolar seus sentimentos, tudo acontece em nossa cidade nessa fase o homem do chocalho mobilizou por toda uma época. O Jornalista Lauro da Escóssia de saudosa memória revelara em seus escritos, instantes desse festejo à época de 1914, quando Mossoró tinha Clube Social essa a razão dos foliões invadirem os ambientes sociais e residenciais as vezes por própria contingencia os donos eram obrigados curtir o frevo. Era época em que a cidade não tinha calçamento e a festa se dava na poeira braba de tanta alegria os foliões nem sentiam incomodo. Ocasião comum a brincadeira de jogar água nas pessoa e a laranjinha um pequeno o invólucro preparado com parafina contendo água perfumada festa era envolvendo a todos.
Conseguimos perceber contado por Lauro da Escóssia épocas passadas nesse mesmo ano de 1914, que uma professora de nome Perpétua Noronha organizou um bloco com seus alunos na faixa etária de 10 a 15 anos, cada qual ostentando ricas fantasias que chamou a atenção do público e fez sucesso no carnaval. Os alunos da Professora fizeram sucesso demonstrando cânticos e danças aprendidas pela dita Professora. Participaram desse enredo carnavalesco filhas das melhores famílias Mossoroense entre estas, a do farmacêutico Rosado, Cirilo, Escóssia, João Damasceno Leite, Horácio Noronha e Mota.
O ponto destacável desse momento momesco era que os foliões se encarregavam de preparar as casas residenciais de sorte a que tudo ficasse a sobrepujando. Preparava a Lâmpadas a querosene ou carbureto, já que não existia energia, além de um Buffet onde era servido aos participantes bolos, café, refresco, na ocasião do intervalo das partituras musicais. Muitas revelações surgiram na sociedade jovem como João e Alcindo Galvão, Joaquim Marques, Miguel Medeiros Benicio Filho, Amâncio Leite, Lourival Brasil, Silvério Filgueira, Joao Anastácio Leite Azevedo e Chico Cunha, João Wanderley, Raul Caldas, cujas figuras fizeram a época festiva e a história de Mossoró a que hoje nos valemos para conhecer nossos antepassados.