Wilson Bezerra de Moura – ANTIGOS COMERCIANTES

Não tem cristão no mundo que resista ao desejo da atividade comercial que o leve ao crescimento individual ou mesmo de uma região onde está inserida a movimentação, em qualquer circunstancias, comercial e industrial. Mossoró desde os primórdios tempos foi considerado centro influente talvez pela sua posição geográfica entre cidades circunvizinhas.  Sempre existe um atenuante que promove o interesse, atualmente está sendo a educação. O fluxo do crescimento de universidades tem sido o arremesso determinante para o desenvolvimento da cidade.

Muitas firmas no passado contribuíram para o crescimento econômico da região, como já visto os empreendedores estrangeiros, Conrado Mayer e João Ulrik Graff, foram exemplo claro e evidente impulsionadores do progresso Mossoroense. Uma firma que também foi influente estações advindas, a Casa Delfino de propriedade do cidadão Delfino Freire da Silva, trazido de Macau pelos irmãos Idalino e Francisco Oliveira  este no exercício  de balconistas da firma, logo mais se tornou forte comerciante se estabelecendo  em  seguida com o ramo de Tecidos um próspero negociante na praça de Mossoró região.

A firma Delfino Freire em pouco tempo comercial conquistou a preferencia da clientela e constituiu uma fortuna, esta casa comercial era de causar inveja aos céticos, com sortimento de mercadoria capaz de manter transação  com toda região do Rio Grande do Norte e parte da Paraíba, se  estendendo  ao alto Sertão desses Estados. A firma de seu Delfino Freire primava pela organização de suas atividades, mantendo estoque de produtos necessário a abraçar o comercio de cidades circunvizinhas. Consta do escrito no Mossoró do Passado, ed.1981 no O Mossoroense, a firma Delfino Freire comprou avultado estoque botinas, calçados que dominava a preferencia popular que fez suprir o mercado de toda região do alto Sertão e de outros Estados Paraibano.

Esta firma amealhou tanto dinheiro que mandou buscar no Rio de Janeiro um automóvel de marca Ford modelo especial à época, com capota de Lona desmontável com buzina externa para seus passeios à Praia do Tibau segundo informara Lauro da Escóssia.  Foi o segundo automóvel chegado a Mossoró, segundo história era pilotada por Pedro Chaufer, Antônio Paturi e um cidadão conhecido por Vinoca.

O trecho compreendido o hoje esquinão, também conhecido por OITÃO,  situado entre a Praça Vigário Antônio Joaquim e Rua Santos Dumont, todos prédios pertenciam a firma Delfino Freire, em cuja área ele construiu  edificações utilizando cimento Inglês, importado em barricas de 120 quilos e pintou  as janelas, portas venezianas com tinta francesa. Até o momento em que registramos esse acontecimento importante para Mossoró, existe um único prédio que pertenceu ao esquema da firma Delfino Freire, é o que durante tempos foi a Radio Rural de Mossoró, ao lado da Câmara Municipal de Mossoró.

Delfino Freire para Mossoró foi uma referencia histórica. Criou cinco filhos. O enxoval do primeiro Neto seu foi trazido de Paris. Na politica que também atuou foi partidário do doutor Almeida Castro enfim, foi um homem opulento que externou poder politico e econômico contribuindo para o engrandecimento da cidade.