Vereador denuncia problemas estruturais do Caps Infantil

Falta de profissionais, sujeira e falta de estrutura para desempenhar um bom trabalho. Essas são algumas das dificuldades enfrentadas por profissionais e familiares de crianças atendidas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil, localizado no bairro Nova Betânia. O cenário de abandono da unidade foi constatado pelo vereador Genivan Vale (Pros) em visita ao local, acompanhado do vereador Tomaz Neto (PDT).

“Realizamos uma visita ao Caps Infantil e constatamos a veracidade da denúncia feita pelos pais de crianças que sofrem com problemas mentais atendidas na unidade. Não há Assistente de Serviços Gerais (ASG) e a sujeira toma conta do local, também não tem merendeira para preparar o lanche das crianças, e faltam outros funcionários necessários para o bom funcionamento do local”, detalha o parlamentar. Ele complementa que, algumas vezes, são próprias mães quem se disponibilizam a fazer comida das crianças.

Devido à falta de profissionais para fazer a limpeza, os especialistas estão trabalhando em uma única sala, uma alternativa para não suspender o serviço. “Eles fazem o atendimento às crianças nesta sala e quando encerra o expediente, são eles quem limpam o espaço”, declarou. Na visita, os vereadores observaram também uma piscina abandonada, que é um risco eminente para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e o zika vírus.

Ainda conforme relato dos servidores, há informações de que os serviços do Caps Infantil serão transferidos para o Ambulatório Materno-Infantil (AMI). Os funcionários estão apreensivos com a mudança, pois, segundo eles, o AMI não tem estrutura adequada para o atendimento das crianças com problemas mentais, o que pode acarretar na precarização do serviço.

“Para os funcionários, a atual casa que abriga os serviços do Caps Infantil, mesmo não tendo uma estrutura ideal, possui vários cômodos e proporciona um tratamento mais adequado”, disse o vereador, que cobra mais atenção do poder público para a área de saúde mental. Ele destaca que é preciso que a Prefeitura de Mossoró ofereça condições para um tratamento adequado e humanizado para essas crianças.