Uma família unida comercialmente – Wilson Bezerra de Moura

É verdade que a tecnologia trouxe o progresso da sociedade. Todas as classes sociais foram contempladas com uma melhoria incontida. No momento em que introduzido novo sistema, ocasionara forte impacto. Uns crescem, outros desaparecem de certa contextura. Basta saber que muitas categorias produtivas deixaram de existir, consideradas antiquadas.

De sorte que na impressão gráfica, jornais, livros, revistas etc. tem demonstrado que a internet ocupou novo espaço. Aos poucos veio desestabilizando a produção gráfica e a consequente comercialização e leitura através de jornais escritos, entre outros do gênero. O público vem, aos poucos, utilizando a leitura virtual, porque a internet facilita, entre outros aspectos, a rapidez na divulgação de assuntos de interesse geral para a sociedade. Damos exemplo real para concluir com uma realidade.

Pelo ano de 1978, o senhor Rômulo Negreiros e esposa Lioba decidiram fundar a Casa da Revista, cuja atividade comercial era não só a comercialização como a representação e distribuição da Editora Abril. Todas as editorações do ramo gráfico, livros, revistas, jornais e tudo relacionado com o ramo cultural e literário desenvolveram-se durante décadas.

Vieram posteriormente compor a firma três filhos do casal, Ciro que estudava na PUC em São Paulo o curso de Direito, Porfirio aluno de engenharia no Rio de Janeiro, e Lavínia, arquiteta. Juntaram-se ao grupo e deram continuidade às atividades comerciais com sucesso.

Durante os 38 anos de atividades comerciais, a Casa da Revista esteve presente nos principais acontecimentos culturais, literários, trazendo a público as publicações da Editora Abril, promovendo destacada atuação na distribuição por toda região, um trabalho que trouxe configuração à família de Romulo Negreiros, esposa Lioba, Ciro, Porfirio, Lavínia, todos integrados ao grupo, participando e trazendo progresso no ramo, em toda  Mossoró,  por várias décadas, que contou, para sua implementação comercial, com as emissoras de rádio, jornais O Mossoroense, Gazeta do Oeste, os mais antigos, e o Jornal de Fato que, apesar de mais recente na praça, deu sua contribuição na divulgação da empresa.

Até que tudo terminou pelo ano de 2016, por não conseguir competir com o desenvolvimento da Internet. Assim como a Casa da Revista, outras do ramo passaram pelo mesmo dissabor, fecharam suas portas, enceraram suas atividades para um ramo vencido pela inovação da internet.