Um Sonho Eterno Do Projeto Rio Mossoró – Wilson Bezerra
Uma breve reflexão me levou a trazer à tona o eterno sonho dos mossoroenses quanto ao reflorestamento das margens do Rio Mossoró, cenário que todos assistem diplomaticamente.
O rio denominado Apodi-Mossoró sofre as agruras do tempo, a fortuita poluição imposta por invasão de redes de esgoto, construção de prédios comerciais às suas margens, postos de combustíveis e tudo o mais que possa forçar a sua destruição predomina a céu aberto.
Na década de noventa o IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais, trabalhou um projeto de saneamento e reflorestamento, cujo projeto recebeu o aval do órgão superior de Brasília e quando o assunto passou ao domínio dos órgãos locais, faleceu, não deixando sequer qualquer herança das boas intenções.
Por intermédio do diretor do IBAMA no momento, senhor Sebastião Gomes Andrade, tudo passaria a funcionar pela salvação do rio, com o apoio da prefeitura, através da Secretaria de Serviços Públicos, Fundação Municipal de Cultura, seria peça fundamental do projeto na conscientização e educação da população no sentido de não ser colocado lixo nas margens do rio.
Tudo concorria para se evidenciar um bom trabalho em favor da boa conservação do rio se não fosse de natureza vital tudo ser programado e executado, ao término não ser levado a sério. De nada valeu o projeto, enquanto até os dias atuais, isto após 24 anos, o rio que outrora serviu água para o gasto da população, se transformasse num esgoto de poluição, deixando rastro de profundo risco à população, com transmissão de doenças infecto-contagiosas.
Quem por ventura cair dentro desse rio não só morre afogado, mas contaminado com invariável doença causada, sem dúvida, pela poluição. A direção do IBAMA chegou a dizer que não tinha condições de avaliar a grandeza da concepção, porém só se manifestaria após confirmada presença de vários órgãos da cidade, tais como PMM, CAERN, CEMAD/UERN, que na época era um setor atuante em projetos de Extensão na região, e outros mais órgãos que se solidarizariam com planos.
É pena que o normal sempre seja o anormal, boas intenções, e eficientes projetos quase sempre fiquem apenas no papel e morram as ilusões por ele despertadas.