Um em cada quatro potiguares perdeu dinheiro em golpes digitais nos últimos 12 meses, diz pesquisa
O Rio Grande do Norte é o estado do Nordeste em que mais pessoas disseram ter perdido dinheiro nos últimos 12 meses em algum crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. O dado faz parte de uma pesquisa realizada pelo DataSenado em parceria com a Nexus.
Pelo menos 25% da população do estado já foi vítima desses golpes. O estado também é o único da região acima da média nacional, de 24%. Entre os estados nordestinos, com exceção do Rio Grande do Norte, todos registraram indicadores abaixo da média nacional, com destaque para Sergipe (19%), Piauí (18%) e Ceará (17%), que possuem a menor incidência de vítimas desses golpes
No ranking geral, o Rio Grande do Norte é o quinto estado com maior recorrência desse tipo de golpe, junto com Amazonas, Pará e Minas Gerais. Lideram a lista, São Paulo, com 30%, seguido por Mato Grosso, com 28%.
De acordo com a pesquisa, o perfil das vítimas é semelhante às características socioeconômicas dos brasileiros. Por exemplo, 51% das vítimas têm renda familiar de até dois salários mínimos, na população brasileira o indicador é de 49%.
Na faixa etária, a maior incidência (27%) entre 16 a 29 anos é o mesmo percentual desse grupo na população em geral. Já as pessoas com 60 anos ou mais são 20% da população e 16% das vítimas desse tipo de golpe.
O coordenador da pesquisa e analista do DataSenado, José Henrique Varanda, comentou que o levantamento explana a dimensão desse tipo de crime no Brasil e pode ser eficiente como base para elaboração de propostas
O que fazer se cair em um golpe?
Os golpes têm se tornado cada vez mais comuns e diversificados. Se você for vítima de algum tipo de golpe online, é preciso entender como deve proceder. Procurada pelo g1, a advogada especialista em direito digital, Esther Sales, deu orientações para minimizar os danos e proteger seus direitos. Confira:
1. Avise o banco e bloqueie as contas: Imediatamente informe seu banco ou operadora de cartão para bloquear transações e prevenir novas fraudes. A responsabilidade de garantir a segurança dos serviços prestados recai sobre essas instituições, conforme previsto no Marco Civil da Internet (MCI) e na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
2. Reúna provas: Guarde capturas de tela, e-mails e mensagens que comprovem a fraude.