TSE investigará empresas que ajudaram campanha de Dilma

Enquanto representantes do partido dos trabalhadores insistem que a oposição sonha com um terceiro turno e trabalha por um impeachment fora da realidade, o Tribunal Superior Eleitoral vai fechando o cerco em torno da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer. Hoje, sexta-feira (26), o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE, enviou pedido para que sete empresas que prestaram serviços à campanha à reeleição de Dilma-Temer sejam investigadas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.

Apesar do ministro atender pedido do PSDB que apresentou indícios de irregularidade no caixa de campanha, vale a pena lembrar que o atual governo é do PT, que chegou ao Poder há 13 anos. Acontece que a realidade é outra e, mesmo tendo nomeado a quase totalidade dos ministros dos Tribunais Superiores e teoricamente ter ascendência sobre a polícia federal, esses órgãos são autônomos e estão exercendo suas funções sem subordinação à administração federal.

Parte dessas empresas não estão capacitadas para o trabalho operacional que foi apresentado e, algumas delas, chegaram a receber cerca de R$ 23 milhões dos cofres das campanhas petistas. As contas de campanha haviam sido aprovadas em 2014, mas o minist5ro Gilmar Mendes enviou ao ministério público e à polícia federal a apuração de fatos que considerou como irregulares. Foi apurado que a empresa que a segunda empresa que mais recebeu da campanha, oficialmente, está em nome de um motorista.

Por último, a prisão do marqueteiro João Santana acabou por tirar por completo o que ainda existia de confiança nas apurações da Lava Jato. O juiz Sérgio Moro, elogiado por alguns e criticado por outros decidiu prorrogar por mais cinco dias as prisões de Santana e sua esposa. Entre as muitas interrogações, a origem dos recursos que, via João Santana, financiaram a campanha em outros países, como a Venezuela. Na parte administrativa, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pressionado pelo PT, deverá apresentar, mais uma vez, seu pedido de demissão do cargo que ocupa.