Trump implodiu confiança nos EUA ao recuar no tarifaço e focar só na China

Uma semana após o seu autoproclamado Dia da Libertação dos americanos, o presidente Donald Trump recuou e pausou por 90 dias o tarifaço que impôs aos parceiros comerciais dos EUA, com exceção de um país — a China.

 

A reviravolta abrupta, anunciada durante a sangria intermitente nos mercados, evidenciou que o gigante asiático foi sempre o principal alvo do presidente americano. A China se manteve de pé e mostrou-se preparada para enfrentar este momento, revidando os ataques oriundos da Casa Branca.

 

Trump capitulou ou foi estratégico? A resposta é indiferente, se levarmos em conta a maior consequência para os americanos de toda essa trapalhada tarifária do governo: a perda da confiança do mundo nos EUA. Isso parece ser irreversível.

Como reação imediata ao recuo do presidente, o pânico deu lugar ao alívio, mas tudo isso é momentâneo. A onda ultraprotecionista de Trump consolida o início de uma era de descrédito dos EUA.

 

Como escreveu o colunista Thomas Friedman, do “New York Times”, uma pilha inteira de confiança inestimável também foi pelos ares entre os países que se aliaram aos EUA no 11 de Setembro, no Afeganistão e no Iraque.

“Você acha que esses antigos aliados próximos dos EUA algum dia confiarão em entrar em uma trincheira com este governo novamente?” questionou.

 

A China aproveita o momento e se movimenta em busca de parceiros desprezados pelos EUA de Trump. Aposta na erosão da confiança entre o governo americano e seus tradicionais aliados. Tanto que já reuniu Japão e Coreia do Sul para conversas.

G1

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