TOQUE ESPORTIVO – DO ISOPOR AO OURO

POR SÉRGIO OLIVEIRA

Com razão ainda é a medalha mais festejada dos Jogos Olímpicos de Tóquio, para o Brasil, a conquista do surfista potiguar Ítalo Ferreira. Uma história de superação e vitórias, do isopor ao ouro. O mar gigante e suas ondas, foram os menores dos obstáculos encontrados por ele e sua trajetória. Pelo contrário, esse foi o ambiente mais favorável de sua vida encarando prancha de isopor, já que não tinha dinheiro para um equipamento oficial quando começou a surfar, passando ainda por roubo de documentos em viagens e a eterna falta de patrocínio para quem, antes da fama, encara o esporte amador. Eu posso testemunhar os muitos talentos que ficaram pelo caminho, desistiram da luta por falta de apoio. E eram carreiras promissoras. Felizmente existem aqueles que perseveram e seguem buscando seus sonhos, apesar dos muitos nãos que recebem na vida. Ítalo Ferreira, da cidade de Baia Formosa no RN é um desses talentos que acreditam no próprio potencial e, com apoio da família e amigos conseguiu permanecer competindo, ser campeão mundial e agora medalhista olímpico, e melhor ainda, é ouro. Muito mais que a conquista de medalha para o Brasil, cito aqui o bom exemplo que esse cidadão nos deixa e fica de espelho para muitos que estão no começo de uma carreira para não desistir, pois quando a conquista e a fama chegam, não faltará quem queira ficar por perto. É duro, mais é assim que funciona o ambiente, no caso em foco, do esporte amador. Ítalo Ferreira, um vitorioso do isopor ao ouro.

 

SEGUNDONA NA TEVELISÃO

 

Uma boa notícia para os envolvidos com o Campeonato Potiguar da Série B, e esportistas em geral. Se depender do deputado estadual Coronel Azevedo (PSC), a segundona do RN terá transmissão ao vivo pela TV. Requerimento nesse sentido já foi protocolado pelo parlamentar quando solicita que à TV Assembleia faça essa transmissão. Defende Coronel Azevedo que essa medida seria de motivação ao esporte, e isso é verdade. Principalmente no momento no qual o torcedor não poder comparecer aos estádios por conta da pandemia da Covid19.

 

Até o fechamento da coluna não existia nenhuma manifestação por parte da direção da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte se irá ou não acatar essa proposta. Creio que exista a estrutura, do contrário não teria sentido discutir o assunto. Além do apoio ao esporte, o deputado defende que essa programação extra iria aumentar a audiência da emissora, ou seja, dará mais visibilidade ao trabalho dos nossos legisladores. Além do certame estadual a proposta inclui também a transmissão dos jogos do Campeonato Matutão, tradicional competição em Natal e região.

 

INTERVENÇÃO

 

Não é por acaso que o futebol brasileiro anda em baixa em seu coletivo. Individualmente segue revelando talentos que logo cedo deixam o país para jogar e até se naturalizar em outra nação. Isso posto quero me reportar mais uma vez ao quadro de confusões na entidade que deveria ser exemplo ao organizar o futebol no Brasil, a CBF. Depois de ter o presidente Caboclo afastado, a Confederação agora encontra-se sob intervenção determinada pela justiça. E até nesse momento o caminho é errado. No aspecto legal não é permitido um presidente eleito por um clube assumir a entidade, porém foi exatamente isso que aconteceu quando o juiz do caso indicou como interventor o presidente Rodolfo Landim, do Flamengo. O magistrado argumento ser ele o dirigente do clube de maior torcida do Brasil. Isso é verdade, porém não justifica atropelar as regras do jogo.

 

VAR

 

Outo dia perguntaram o motivo da existência do árbitro de vídeo, o VAR. O questionamento surgiu diante de um lance claro da necessidade de sua intervenção no jogo Criciúma e Fluminense pela Copa do Brasil e esse não reagiu. Eu digo que a ideia do VAR é boa e necessária, porém um velho problema na arbitragem brasileira nem mesmo a tecnologia consegue corrigir, a falta de competência de boa parte dos seus integrantes. Se o sujeito não tem competência para apitar ou bandeirar, também pode falhar na hora de usar a tecnologia, Infelizmente essa realidade não é rara e tem acontecido com frequência. E foi o que aconteceu na partida da terça-feira, 27, faltou competência aos árbitros que estavam no VAR. E o lance foi de penalidade máxima que poderá influenciar de forma direta na definição do classificado para a próxima fase da Copa do Brasil. Sendo assim, erro grave.

 

MODESTO

 

Pelas primeiras decisões em relação ao time que irá disputar o Campeonato Potiguar da Série B, os investimentos parecem modestos no Baraúnas, sem grandes ambições. Contratou um treinador que praticamente irá iniciar a carreira no tricolor, Átila Bessa, e a ideia inicial seria trabalhar com jovens atletas. Porém, para não ficar um elenco inexperiente, tem alguns nomes sendo anunciados já com longa estrada no futebol. São os casos de Jozicley e Paulinho Mossoró. Se por um lado não passa esperança de acesso, essa é a realidade do Baraúnas e sua diretoria não pretende fazer aquilo que não pode, ou seja, gastar muito, não pagar a conta e afundar o clube mais ainda na crise financeira. Quanto ao resultado de campo com esse elenco que vai sendo desenhado, tudo é incerteza, já que no futebol não é muito recomendável decretar sucesso ou fracasso antes da bola rolar.

 

MEDO

 

O jogador de futebol no Brasil nos tempos atuais parece que tem medo de chutar. Bater no gol de longa distância, nem pensar, e, mesmo dentro da área a opção é sempre um toquinho para o lado ou voltando. Eu sou do tempo de Zico, Roberto Dinamite, Nunes, Claudio Adão, Eder entre outros. O amigo leitor pode falar em saudosismo, e eu afirmo que ser saudosista com aquilo que era bom, não é ficar olhando só para o passado, é constatar que no presente esse talento não existe ou são poucos. Acompanho jogos dos diferentes campeonatos que rolam pelo país e, o que é pior, aquilo que é feito no clube também é levado para a seleção brasileira. A equipe Olímpica, por exemplo, é uma tristeza nesse item. Falta ambição para o gol e, talvez, mais qualidade aos nossos atletas. Se tiver espaço, fora ou dentro da área, é preciso tentar a finalização no gol.

 

BOBAGEM

 

Pura bobagem. É assim que consigo classificar a insistência, antes do torcedor e agora reforçada por alguns coleguinhas da mídia essa de ficar perdendo tempo fazendo comparações entre o treinador que passou e aquele que ocupa o cargo. A verdade é, isso só atrapalha. Parece até que os defensores desse comportamento não querem que as coisas engrenem para o treinador e, consequentemente, muito menos para o clube. Tem sido uma tremenda chatice acompanhar jogos e noticiários sobre o Flamengo. Tem sempre um espaço maior sendo ocupado por comentários do tipo: “Com Jorge de Jesus era melhor, com Rogério Ceni é pior e agora vamos acompanhar e saber o que quer fazer Renato Gaúcho”. Jorge Jesus foi bom enquanto durou, já estavam ficando ruim em seus últimos jogos, por sua vez Rogério Ceni vai seguir com sua vida e agora o trabalho é de Renato. Tem que analisar o momento e nada mais. Claro, aproveitando o que de bom aconteceu e evitar aquilo que deu errado, porém sem perder tempo com comparações de nomes. Isso é bobagem e não ajuda em nada.

 

Rapidinhas

 

  • VENDO os jogos Olímpicos me veio a lembrança os Jogos Escolares. Que o retorno seja breve.

 

  • CONFRONTO local. Dia 14 de setembro, em Mossoró, tem Baraúnas x MEC, estadual da Série B.

 

  • EM Belo Horizonte prefeitura liberou a volta do público aos estádios. Trina por cento da capacidade.

 

  • O gigante Cruzeiro-MG não consegue reagir. Segue na zona do rebaixamento na Série B.

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