TOQUE ESPORTIVO: COLABORAR SIM, ABNEGADO NÃO

POR SÉRGIO OLIVEIRA

 

Hoje o futebol deixou de ser apenas um momento de lazer para se transformar, praticamente por inteiro, em um negócio. Pelo mundo afora e, passo a passo vai dando sinais que entrará no Brasil, milionários empresários investem até na compra do time. Até bancos estão investindo. Isso posto, podemos dizer que a figura do cartola que identifica o dirigente, faz tempo, deixou de ser um mero torcedor abnegado para ceder espaço ao dirigente investidor ou um pouco mais abaixo na linha de trabalho, um colaborador. Quem perde tempo achando que descer da arquibancada, montar grupo de torcedor apaixonado e acreditar que isso basta, como já foi no passado, para tocar um time de futebol com todas as condições de se manter financeiramente saudável e, se possível, disputando título, não entre. Esse caminho não vinga mais. Por menor que seja o investimento, a depender também do tamanho das suas ambições e do próprio campeonato, é a única maneira de botar a cartola e enveredar pelos caminhos do futebol profissional. A cada ano as exigências crescem e, vocês acompanharam a investida de cartolas europeus na tentativa de fundar uma liga independente da própria Fifa. Os donos do dinheiro não querem saber muito dos gritos de protesto das torcidas organizadas, eles querem transformar dinheiro em dinheiro usando o futebol e, quem fizer muita questão de assistir terá que comprar a temporada com lugar marcado, ou olhar tudo pela TV no dia em que vingar essa proposta. E tem mais, muitos jogos só pagando para assistir, mesmo pela televisão. É o futuro chegando, é o futuro que chegou, por isso, colaborador sim, abnegado não.

 

OLHEIRO E A PANDEMIA

 

Já comentamos aqui e todos já acompanharam a situação geral dos prejuízos causados ao esporte pela pandemia da Covid-19. Esportes de quadra, atletismo, canoagem, entre outros, todos suspensos ou acontecendo com fortes restrições, como é o futebol, que inclusive já foi suspenso em duas oportunidades. Mas, fora de campo, quadras, lagos e pistas, também existem profissionais do esporte com sua missão prejudicada. Cito aqui o exemplo dos chamados “olheiros” do futebol. Aquele profissional que vai desde o campo de várzea até os grandes clássicos e estádios para observar um atleta.

Nos tempos atuais o olheiro responsável por indicar jogadores aos clubes que contratam seu trabalho e avaliação, estão encontrando dificuldade. Sem autorização para entrar nos estádios e, sequer assistir a um treino, são obrigados a acompanhar tudo pela televisão. Outro dia ouvi a entrevista de um profissional da área e ele falou que não tem a mesma condição, pois perde a visão geral do campo. Ele precisa, por exemplo, observar o comportamento do atacante quando seu time perde a bola e disputa o lance no meio campo ou na defesa. Ele olha se o centroavante retorna para ajudar ou fica com o mão na cintura, pouco participativo. São os detalhes que definem uma boa avaliação, ou não, e agora é prejudicada pela pandemia.

 

RESULTADO

 

Ainda falando da vitória do Potiguar contra o ASSU, 2 a 0, não tinha outra saída. Era vencer ou vencer para continuar com possibilidade de conquista do turno. Foi um resultado que deixou o campeonato aberto em seu segundo turno, independentemente dos demais jogos. Aliás, olhando os outros jogos da segunda rodada, teria sido sim o fim do sonho alvirrubro de se manter com maiores ambições. Agora é tentar surpreender o Globo, jogando em Ceará-Mirim na terceira rodada, já que o campeão do 1º turno vem de ótima vitória, 4 a 0 no Palmeira do Agreste, e certamente ganhou nova motivação depois da estreia com derrota.

 

BRIGÕES

 

Aquele comportamento, nada recomendável das eleições partidárias quando derrotados não aceitam e, sem limites, passam a agredir os vencedores, também se repete negativamente no futebol. Não me sai da cabeça as cenas da batalha campal iniciada pelos jogadores do Ceará após a derrota, nos pênaltis, para o Bahia na final da Copa do Nordeste. Atitude insana que merece punição pesada além de manchar a imagem daquela que é a mais simpática das competições no Brasil. Caminha próximo ao disputado Campeonato Brasileiro e, bate de frente com a rica Copa do Brasil. No caso, mais pelo dinheiro. Os jogadores brigões, principalmente aqueles que iniciaram o conflito, não podem sair impunes dessa.

 

CONTATO

 

Na coluna anterior divulgamos a realização de jogo beneficente organizado por Allyson Neymar em parceria com Mário Mossoró, hoje jogando na Turquia. Será dia 14, sexta-feira, no campo Peixeirão no bairro Santo Antônio. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 9.9861-9537. A inscrição será através de cestas básicas que serão doadas as famílias carentes em Mossoró. A cada cesta arrecada pela organização do torneio, o jogador Márcio dobrará, ou seja, 10 cestas doadas na inscrição, será dobrada para 20. Jogos de dupla no estilo, por pra dois. É hora de marcar seu gol de solidariedade participando do evento esportivo.

 

REINANDO

 

Tem situações que, nem mesmo o tempo consegue mudar. Se querem um bom exemplo eu mando de primeira para você amigo(a) leitor(a). Basta citar mais uma temporada da Fórmula 1 na qual se registra a disputa de três grandes prêmios e, igual número de vitórias piloto inglês Lewis Hamilton, da escuderia Mercedes. Aliás, desde a sua declaração de ser fã de Ariton Sena, e quem não é, porém com o detalhe do seu capacete da época com listas horizontais em verde e amarelo, Hamilton se transformou em uma espécie de “corredor preferencial dos brasileiros e brasileiras”, que acompanham o mundo da velocidade. Isso pela falta de um piloto conterrâneo com qualidade de campeão.

 

SOBRINHO

 

Quem anda feliz da vida com a presença do treinador Hugo Chacon, mais uma vez dirigindo uma equipe profissional do futebol do Rio Grande do Norte, é o tio Edilberto Barros, fotógrafo mossoroense dos bons. Tipo assim, nível Luciano Lellys para melhor qualificar. Edilberto é tio do técnico do Globo que fez sua estreia goleando o Palmeira do Agreste, 4 a 0. Só lamento amigo que na terceira rodada o adversário da Águia será o Potiguar e, no caso, a torcida vai mudar, ou seja, que o sucesso do seu tio retorne somente na rodada seguinte por motivos óbvios. Só para relembrar, Hugo Chacon já comandou o time do Alecrim.

 

Rapidinhas

 

  • GRAÇAS a Deus. O goleiro Érico se recuperou da Covid-19 e já saiu do hospital.

 

  • SITUAÇÃO grave. A TV Globo mostrando jogo de estadual na terça-feira e no período da tarde.

 

  • DISPUTA de investimento. Atlético MG supera Palmeiras e é o segundo.

 

  • AINDA sobre investimento, isso é bom. Times fortes, melhor ainda para o nível do certame nacional.

 

 

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