Sindicato denuncia conspiração para retirada de Petrobras do RN
O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro/RN), por meio de sua diretoria de comunicação, denunciou na tarde desta quinta-feira, 18, que existe uma conspiração por parte da diretoria nacional da Petrobras, para que sejam retiradas todas as atividades petroleiras terrestre, de solo potiguar.
Em entrevista ao jornal O Mossoroense, o diretor de comunicação do Sindipetro/RN, Márcio Dias, disse que além da conspiração para que as atividades petroleiras deixem de acontecer no RN, as empresas prestadoras de serviço a Petrobras, estão sendo pressionadas a reduzir salários e demitir pessoas, mediante assinatura de contratos.
“Os três últimos anos foram marcados por um fenômeno novo negativo. As empresas prestadoras de serviços estão sendo pressionadas para reduzirem salários e demitirem empregados. Isso funciona da seguinte forma: um funcionário que ganha um salário um pouco mais elevado, está sendo demitido para que outro seja contratado para a sua função, só que com a remuneração bem mais baixa. Tudo isso em comum acordo com a direção nacional”, explica.
Para o sindicalista, as empresas são coniventes com essa prática que está sendo adotada, uma vez que, além de redução contratual, o alto índice de demissão é cada vez mais preocupante.
“As denúncias dessa prática abusiva, estão chegando diariamente no nosso sindicato. As empresas não tem coragem de enfrentar a Petrobras e nós estamos denunciando isso para que o Ministério Público, o Ministério do Trabalho, as autoridades competentes, investiguem as irregularidades. Toda empresa pode demitir, isso é uma prática rotativa do próprio sistema. O que não pode ocorrer são essas manobras irregulares que estão acontecendo”, ressaltou.
Ainda segundo Márcio Dias, o Sindipetro tem procurado as autoridades políticas do RN para que apoie a luta sindical, pela permanência da estatal em solo potiguar.
“Precisamos de apoio dos deputados, senadores, vereadores, prefeitos, para que unam forças e impeçam a retirada das atividades da Petrobras do nosso Estado”, conclui.