Servidores estaduais paralisam atividades e protestam contra o Governo em Natal

Nesta quinta-feira, 02 de junho, servidores estaduais paralisaram atividades em diversos órgãos e realizam protesto contra os atrasos salariais pelo Governador Robinson Faria. Participam do ato pelas ruas da cidade de Natal servidores de todo o Estado, que foram à capital em caravanas. A caminhada saiu de frente ao Hospital Walfredo Gurgel às 9h com destino à sede da Governadoria do Estado.

Além dos atrasos nos pagamentos dos salários desde o começo deste ano, os servidores reclamam da falta de reajustes da remuneração de algumas categorias e mudanças na previdência, em desfavor dos servidores, promovidas pelo PL da Previdência Complementar.

A convocação para o protesto foi publicada pelo Fórum dos Servidores Estaduais, que reúne o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL), o Sindicato dos Servidores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta (Sinsp), o Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta (Sinai), o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp) e a Associação dos Docentes da Uern (Aduern).

“O Governo do Estado se recusa a atender a pauta de reivindicações unificada dos servidores estaduais. Atrasa o pagamento, mantém o congelamento dos salários, que há seis anos não vê reajuste, e ataca a previdência. Diante disso, nós do Fórum dos Servidores Estaduais do RN, aprovamos um ‘Dia de Paralisação Estadual’, em defesa dos salários em dia, do pagamento do 13º e contra o PL da Previdência Complementar”, declara o Fórum dos Servidores em nota.

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Em Mossoró, a Aduern disponibilizou transporte para levar professores, técnicos e alunos para o protesto de hoje. Os docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) aprovaram, em assembleia realizada na semana passada, a participação no ato e suspenderam as aulas em todos os Campi da instituição nesta quinta-feira.

Os manifestantes também expressaram insatisfação com o governo do presidente interino Michel Temer e a não garantia do pagamento do 13º salário.

“Todos esses governos se movem juntos quando é para atacar os direitos dos trabalhadores. O governo Robinson já deixou claro que o pagamento do 13º Salário não está garantido, podendo se configurar como um golpe forte nos servidores estaduais, quando muitos deles já anteciparam o usufruto do 13º com empréstimos em bancos. Não podemos aceitar que direitos conquistados com muito suor e muita luta, sejam retirados dessa forma. Não vamos pagar pela crise!”, ressalta o Fórum em nota.

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