Reumatologista alerta para risco de novos casos da Chikungunya em Mossoró

Doença que vem causando muita preocupação aos brasileiros nos últimos anos, a Chikungunya volta a incomodar em algumas regiões do País. Só para se ter uma ideia, os casos da doença no estado do Ceará tiveram um aumento de 21% em apenas uma semana no final do mês de abril.

Com sintomas de febre, dor nas articulações, dor muscular e dor de cabeça, é necessário estar muito atento aos primeiros sintomas para evitar que a doença se torne crônica e o tratamento fique mais complicado.

Além de fazer alerta, o reumatologista Adolpho Medeiros frisou que fatores naturais favorecem para que os casos voltem a aumentar, e por isto faz um alerta aos mossoroenses.

“Se deve evitar o uso de antiinflamatórios e corticoides na fase aguda, que são os primeiros 15 dias. As condições climáticas e ambientais favorecem a proliferação do vetor, tendo em vista que o ciclo de reprodução do mosquito é encurtado”.

Em Mossoró, o carro fumacê começou a circular a partir da quarta-feira passada, visando intensificar o trabalho de combate ao mosquito Aedes Aegypti. Mesmo assim, Dr. Adolpho explica que a melhor forma de combate é a prevenção.

“O carro fumacê tem a sua importância, mas o principal meio de combate é o de acabar com os criadouros, como por exemplo manter a caixa d’água bem fechada, além de tonéis e barris. É importante também trocar a água dos vasos de plantas.

São ações que parecem pequenas, mas de suma importância para evitar a proliferação do vetor”, falou, indicando também o que deve ter feitos ao sentir os primeiros sintomas.

REUMATOLOGIA

No Brasil, os primeiros relatos de chikungunya foram confirmados em setembro de 2014 e, até a semana epidemiológica, já haviam sido registrados 236.287 casos prováveis, sendo 116.523 confirmados sorologicamente.

As mudanças ambientais causadas pelo homem, crescimento urbano desordenado e o número cada vez maior de viagens internacionais tem sido apontado como os fatores responsáveis pela reemergência de epidemias em grande escala. Caracterizada clinicamente por febre e dor articular na fase aguda, em cerca de metade dos casos existe evolução para a fase crônica (além de três meses), com dor persistente e incapacitante.

Em situações de epidemia, diante de um quadro agudo de febre, a possibilidade de chikungunya deve ser fortemente considerada. No entanto, outras doenças febris agudas devem entrar no diagnóstico diferencial, principalmente diante de casos graves ou atípicos.

De acordo com o protocolo de tratamento da febre do chikungunya elaborado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, até 14 dias a doença está na fase aguda. De 15 a 3 meses subaguda, e acima de três meses crônica. Para que o paciente esteja na fase crônica, existem alguns critérios, como por exemplo febre maior que 38,5° e artrite intensa de início agudo não explicada por outras condições médicas. “Por estes motivos é altamente recomendável a busca por um reumatologista, evitando assim a automedicação”, finalizou Dr Adolpho.