REMINISCÊNCIAS: Eleições de 1872

Wilson Bezerra de Moura

A sociedade mossoroense reagiu aos dissabores e teorias inimigas, monstros sanguinários inseparáveis da superstição que muito atrapalhou a vivência de corporações, inclusive a nossa.

Foram influências que denegriram o comportamento social de uma sociedade que surgiu no emergir de uma nova era, influenciando seu novo destino, formando-se uma visão preluz numa questão mágica que decidiria o destino da humanidade.

No decurso dos fatos históricos entrelaçara-se momento solene de fazer profissão de fé numa política organizacional onde prosperara-se o propósito de novas ideias, motivadas por determinismo, agitadas por partidos, pulsadas até ao extremismo entre as duas correntes, a Liberal e a Conservadora.

Em 1852, motivado por determinadas campanhas, deu-se a criação da municipalidade tendidas por abalados partidos, políticos comovidos até o extremismo ante as tendências partidárias forçaram outros rumos políticos.

O Partido Conservador, o do governo, dirigido pelo padre Antônio Joaquim Rodrigues, e do outro lado o Partido Liberal, sob a direção do major Francisco Gomes dos Santos Guará, posteriormente dirigido por uma liderança civil, Irineu Soter Caio Wanderley, acirraram os ânimos.

Até que enfim chegou o momento de eleições. As duas facções partiram para o pleito, o Partido Conservador, do padre Antônio Joaquim, tendo rejeição popular e não aceitando a forte pressão, resolve promover as eleições com uma urna numa das dependências da própria igreja, enquanto o Partida Liberal resolve se estabelecer numa casa nas imediações da igreja, em uma rua adjacente.

Mesmo em espaço diferente, em lugar vizinho, num dado instante dois filiados ao Liberal resolveram tomar os livros do Conservador, invadiram a igreja se apossaram de papéis da Secretaria e daí firmou-se um massacre na igreja, com a rasga dos papéis, concluindo o fuzuê com tiroteios em pleno adro da igreja.

Tudo caminhava bem entre os partidos até o ano de 1870, quando da eleição de 07 de setembro de 1872. Nova eleição e os ânimos se acirraram entre o padre Antônio Joaquim vigário, político, deputado com atuação junto à Assembleia Provincial.

O chefe e jornalista português José Damião de Souza Melo, da redação do jornal O Mossoroense, encampou a questão do jornalista Jeremias da Rocha Nogueira, divergente da Igreja, misturando jornal e Igreja, provocou mais crises, divergências desagradáveis ao momento político, com Jeremias liderando o Partido Liberal, novos rumos tomaram as correntes políticas.

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