Quem alcançou o sucesso cultural e social do Clube Ipiranga, de suntuosa arquitetura, que serviu de clube social e embelezou os olhos da cidade mossoroense, na Rua Mário Negócio com a Rua Almino Afonso, jamais imaginaria vê-lo chegar ao ponto que se encontra hoje.
Atualmente se parece mais com uma carcaça de areia e barros sobrevivendo em pé como por um milagre da natureza, enquanto não o tiram de circulação no meio de qualquer outro patrimônio histórico, assim como o Hospital Duarte Filho, que tomou o destino de muitos outros que o poder público tirou de circulação para descaracterizar o patrimônio histórico de uma cidade.
Ao final esses prédios terminam como depósitos de lixo ou em terreno baldio, não deixando sequer sinais do patrimônio arquitetônico de uma cidade, tudo por conta do desprezo de um governo.
Quem chegou a ver o sucesso do Clube Ipiranga e hoje avistá-lo há de confirmar que o poder constituído é negligente com a história de qualquer localidade, é impotente quanto à conservação histórica de um povo.
O Clube Ipiranga foi fundado em 12 de setembro de 1920. Durou como entidade cultural e social pelos anos de 1936 a 1945. Através de contrato social, estabeleceu-se que no caso de vir a fechar seria doado ao Hospital Duarte Filho.
O trágico de tudo isso é que nem ele próprio resistiu à malícia do poder público. O Hospital Duarte Filho transformou-se em terreno baldio e o Clube Ipiranga em escombro capaz de desabar, destruindo vidas que por ventura ali existam ao seu redor.
Pensando bem, os grandes patrimônios foram importantes à cidade, o hospital à saúde, o Clube Ipiranga, de um modo geral, ao povo quanto à sociedade cultural e recreativa, contribuindo não só nesse feitio, mas essencialmente à coletividade nos aspectos culturais.