PSDB evitará decisão de sair do governo

Na reunião prevista para amanhã (12) a cúpula do PSDB tentará evitar uma decisão final sobre a retirada do apoio ao governo do presidente Michel Temer.

O diretório nacional havia sido pressionado para que o rompimento ocorresse na última quinta-feira (08), mas os integrantes da ala mais experiente da sigla costuraram uma forma de agradar aos “cabeças pretas”, os deputados mais jovens e que defendem a saída imediata do governo – o PSDB tem quatro ministérios.

Os dirigentes tucanos não pretendem entregar os quatro ministérios que ocupam, mas adiantam que, no caso de um rompimento, os ministros que se considerassem à vontade para ficar no cargo estariam liberados e poderiam continuar no governo.
O senador Tasso Jereissati, presidente interino do partido, defende o rompimento por entender que a permanência de Temer será prejudicial à economia brasileira. Entretanto, reconhece que a decisão do TSE em manter o mandato presidencial possibilitará a Temer concluir o seu período de governo que se encerra em 31 de dezembro de 2018.

A saída do cargo do procurador geral da República, Rodrigo Janot, em setembro poderá conceder um período de trégua ao presidente, que terá de conseguir apoio no Congresso para evitar ações que também trarão dificuldades a Temer.
Enfrentando dificuldades internas, o PSDB não está à vontade para decisões mais radicais. A permanência do senador Aécio Neves na sua presidência é uma situação que incomoda os “cabeças pretas”, os deputados mais jovens que defendem posições mais autênticas do partido. Para eles, Aécio deve renunciar de imediato a presidência tucana, até que possa justificar as acusações que o afastaram do exercício do mandato.