Prioridade para a Reforma Política

REFORMA

Ninguém pode assegurar que o presidente Temer será afastado da presidência da República. De qualquer forma, a cada dia que passa vai se consolidando a ideia de que isso acontecerá. Temer queria ser lembrado como presidente que promoveu as grandes reformas, como a da Previdência, Trabalhista e Eleitoral. É possível que ainda venha a sancionar a trabalhista, mas a previdenciária, nem pensar. Quanto à eleitoral, chegando a ser votada, não terá a influência do Executivo. De positivo, houve debate sobre o tema entre representantes do Parlamento, do Executivo e do Judiciário Eleitoral.

Dependendo o setor interessado, cada qual julgará determinada reforma a mais importante de todas. Para o governo, a previdenciária é fundamental para o equilíbrio das contas públicas. O empresariado julga que, sem a reforma trabalhista, o país não voltará a crescer. Mas, alguns defendem que a reforma política deve ser prioritária.

Entre os efeitos da operação lava-jato, é visível o desejo do eleitor em qualificar e renovar a representação popular no Congresso e nas Assembleias Estaduais. O primeiro passo para que isso aconteça é mudar e aperfeiçoar as regras da política, devolvendo seriedade às instituições públicas. Entretanto, é necessário que a reforma Política esteja aprovada até o final de setembro. Isso não ocorrendo, as novas regras não poderão ser aplicadas nas eleições de 2018. Por conta desse prazo é que a reforma política deve ser vista como prioritária.