OS INTOCÁVEIS – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
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OS INTOCÁVEIS
Há um ditado mundial que pode ser aplicado na estrutura do judiciário brasileiro, que diz: a esposa de César não basta ser honesta; ela precisa parecer honesta. Em outras palavras, quando um tribunal resolver ser órgão sensor da verdade absoluta, a tendência normal é se transformar numa ditadura. E pior, a população começa a ter a sensação de que a lei não é igual para todos, provocando uma insatisfação social e um constrangimento nacional.
Por outro lado, é perceptível que ações pontuais e tendenciosas, contra inimigos de momento, do campo político ou ideológico, criam uma ruptura social que vem sendo levada ao descumprimento das regras e do contrato social. Assim como, vem criando uma tensão social que desembocou na desconfiança das instituições e suas decisões. Já no campo social, criou a ideia de que a violência não está sendo punida adequadamente, mais manipulada para manter uma estado de coisas.
É inacreditável que chegamos num ponto de profunda ruptura social, provocada pela própria justiça e seus tribunais tendenciosos. O judiciário, que sempre foi parte da solução das querelas no Brasil, hoje é o problema a ser enfrentado. E pior, é um problema sério e de grandes complexidades, assim como é multifacetado.
Por ser a última instância de todos, eles aplicam o que querem, interpretam de acordo com o freguês, e a lei que é boa e justa é deixada no relento ou esquecida por conveniência.
As consequências de uma justiça parcial são: a morosidade, a corrupção em todas as áreas, a falta de acesso à justiça e o crescimento da desigualdade social. Por outro lado, há um sentimento de injustiça e de que a justiça não é para todos, que vem silenciosamente criando uma animosidade nas autoridades, o que é terrível para a democracia. Visto que o sentimento de abandono social, a violência exposta, a desigualdade patrocinada criaram uma profunda desconfiança nas instituições e o nosso no sistema.
A nação já compreendeu que a justiça é seletiva e parcial, pois todos os dias são noticiadas aberrações jurídicas em nome da suposta defesa da democracia. E, por mais inacreditável que seja, assistimos, atônitos, bandidos perigosos e cruéis sendo soltos, enquanto isso, cidadão de bem sendo punido com severas penas desproporcionais. Cabe a nós, povo brasileiro, começarmos a pensar bem, quando votarmos e escolhermos nossos representantes políticos. Visto que, até os nossos dias, não acertamos na escolha. Pois, lançamos no senado e na câmera dos deputados verdadeiros corruptos, transgressores das leis, e pior, sem espírito público.
É urgente que façamos uma correção de curso na república, retirando do cenário político: os corruptos, os canalhas, os fraudadores, os ditadores cruéis que humilham o povo, os sensores da verdade ou falsos moralistas e a verdadeira democracia seja implantada desinfestando a nação.
Portanto, a percepção social é que a justiça e seus tribunais estão tomando decisões que em nada contribuem para a melhoria da sociedade, pelo contrário, têm se tornado um grave problema para a nação. Visto que, é imposta pela população a exigência de que as autoridades deixem de lado a morosidade judicial, a falta de punição assertiva, o apadrinhamento do que cometer corrupção, o livramento dos amigos, a falta de acesso à justiça e os problemas causados pelo próprio poder judiciário em decisões que apenas mostra o partidário e a falta de legitimidade dos togados.
Muita Paz, Luz e Justiça a todos!
Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo