OS COMUNISTAS DE 1935 – EM MOSSORÓ – Wilson Bezerra
Oh! Como é sublime a história pelos seus registros e, acima de tudo, por sua conservação através do tempo.
Com orgulho tenho me dedicado, durante décadas, à consecução dos propósitos em transformar tal registro histórico em manancial de informações de fatos relacionados não só à história, mas, sobretudo, em pessoas que dela fizeram parte e contribuíram para sua realização.
Folheando documentos escritos por Lauro da Escóssia, ex-diretor do Jornal O Mossoroense, justamente em sua coluna Mossoró no Passado, resgatou significativas lições históricas que nos servem de subsídios para rever uma passagem importante da biografia da região.
Sobre os comunistas da era de 1935, foi publicada nas páginas de O Mossoroense uma série de reportagens relatando fatos acontecidos nos municípios de Mossoró, Assú, Grossos e Areia Branca, através dos quais fora organizado: “Os comunistas Vermelhos”, enfocando a atuação no Círculo Operário e Salineiro dessas regiões.
Na sequência discriminativa desses episódios debateu-se a fórmula de atuação dos comunistas em Mossoró, em primeiro plano os guerreiros dos “Três Vinténs,” “Jurema” e do “Cigano”, onde chegou a acontecer a morte de José Alencar, conhecido por Alemão, segundo consta na história, figura destacável do movimento comunista.
Ocorreu nesse período o trucidamento do conhecido Artur Felipe, no lugar Canto Comprido, o fuzilamento dos pais de Manoel Torquato, num revide policial na várzea do Assú, nesse imediato registro a morte de Manoel Torquato pelo seu colega Feliciano, que covardemente o assassinou.
Outras renomadas figuras do grupo salineiro, a exemplo de seu Francisco Guilherme e Joel Paulista ilustraram a fileira de luta em defesa da causa popular que, naturalmente, dignificaram a história dessa batalha de 1935, em que se envolveram importantes figuras idealistas de nossa história.