OS BRASILEIROSPADECEM: UM ANO EM MARCHA RÉ NA ECONOMIA

Inflação surfando, este ano ela deve fechar aos 11%, o desemprego espraiado em todas as regiões do país, o dólar americano valendo R$.3,90, (na vizinha Argentina ele já equivale a 14 pesos), o governo federal envolto a problemas múltiplos, com o orçamento em brusca queda e, como carta de seguro, já reduzindo a um ínfimo de 0,50% para o superávit primário em 2016, essa provisão não foi cumprida em 2014, nem será em 2015, com as famosas “pedaladas fiscais”, sem sustentação política, agora com o próprio vice-presidente Michel Temer praticamente rompido com a Presidente, levando com ele parcela majoritária do PMDB, com a pesquisa do IBOPE/CNI copilada no final da semana passada, em todo o Brasil, demonstrando que o governo Dilma Rousseff tem uma sofrível aprovação de apenas 9% da população brasileira, enquanto 70% o consideram ruim ou péssimo, 20% o qualificam como regular, enquanto 1% não tem opinião a respeito. Já as agências que avaliam o “rating” dos países põem o Brasil em baixa.Agora mesmo Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito soberana de longo prazo do Brasil e, pela sua escala, o país perdeu o grau de investimento. A perspectiva da nota permanece negativa – o que significa que novos rebaixamentos podem ocorrer no futuro. A nota passou de ‘BBB-‘ para ‘BB+’, classificação que já indica investimento especulativo, ou seja, não enseja perspectiva de investimentos.O impeachment da Presidente, o que particularmente sempre achei pouco provável, partindo de dois princípios: 01) O povo, embora sofrido e desaprovando a administração central, mesmo sabedor que ela é responsável por tantos escabrosos atos de corrupção, como são os casos da Petrobrás e BNDES, está desmobilizado para tal batalha, ao contrário do que aconteceu em 1992, por ocasião do impedimento de Fernando Collor de Mello; 02) Os políticos que gravitam em torno de tal acontecimento, raras exceções, não inspiram confiança para a deposição da Presidente, muitos envoltos nos mesmos indecentes e indecorosos atos, basta citar o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha – PNDB-RJ. Portanto, meu caro leitor, estamos vivenciando constrangedora travessia. Nós, aqui na planície, sofrendo intempéries no bolso, pelas dificuldades econômico-financeiras, mas principalmente na alma, pela desolação emnão vislumbrar melhores dias. O ano de 2016 deverá ser, economicamente, tão cruento, ou mais até, do que este ano que, em termos de importância no nosso crescimento não existiu.

Agência de classificação de risco Fitch tira selo de bom pagador do Brasil
A agência de classificação de risco Fitch retirou nesta quarta-feira (16) o selo de bom pagador do Brasil. Agora, o país é considerado grau especulativo por duas agências -além da Fitch, a Standard &Poor’s já tinha cortado a nota brasileira em setembro.A nota do país foi cortada de BBB- para BB+. A perspectiva permanece negativa, o que significa que a Fitch pode voltar a rebaixar o Brasil nos próximos meses.Em comunicado, a Fitch cita a recessão mais profunda do que o previsto e a dificuldade que o quadro fiscal e o aumento das incertezas políticas trazem à capacidade do governo de estabilizar a dívida.”A perspectiva negativa reflete incerteza contínua e riscos relacionados aos desenvolvimentos econômicos, fiscais e políticos. A deterioração do cenário doméstico está aumentando os desafios para as autoridades tomarem ações políticas de correção oportunas para elevar a confiança e melhorar as perspectivas para o crescimento, consolidação fiscal e estabilização da dívida”.

Em 12 meses as demissões superam 1,5 milhão, segundo dados do Ministério do Trabalho
O mercado formal de trabalho registrou em novembro saldo líquido (admissões menos demissões) negativo de 130.629 empregos, pelo oitavo mês consecutivo. É o pior resultado para o mês da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 1992. No mesmo período de 2014, foram criados 8.381 postos. Entre janeiro e novembro, o país fechou 945.363 vagas com carteira assinada e em 12 meses, as demissões superam 1,5 milhão, segundo o Ministério do Trabalho. É o pior quadro já registrado no Ministério nos últimos 23 anos.

FGV revisa para 3,6% a previsão de queda do PIB em 2015
Previsão anterior era de recuo de 3,3%, mas foi alterada por causa da forte queda no consumo das famílias, que afeta o setor de serviços. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) revisou sua projeção para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 para 3,6%, ante -3,3%, conforme era a estimativa antes de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar os dados sobre o terceiro trimestre. “Em meados de 2016, o PIB em quatro trimestres pode estar rodando em torno de retração de 4%”, afirmou Silvia Matos, pesquisadora do Ibre/FGV e coordenadora do Boletim Macro Ibre, que divulgou as projeções em seminário no Rio. Com inflação sem dar trégua, mercado eleva projeção para IPCA em 2015 e 2016. Para 2016, a instituição manteve a projeção de retração de 3,0%. Além disso, a piora no desempenho do setor de serviços, em 2015 e para 2016, deve-se ao consumo das famílias.

Levy sinaliza saída do cargo em reunião do Conselho Monetário Nacional
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deve deixar o cargo nos próximos dias. Interlocutores do Planalto afirmaram ao GLOBO que a saída foi acertada com a presidente Dilma Rousseff no último domingo numa conversa no Palácio da Alvorada. Segundo essas fontes, Dilma não teria pedido nada ao ministro, o que foi visto como um sinal verde para que ele pudesse sair a qualquer momento.Levy participou, nesta quinta-feira, de reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo um dos participantes, no final, o ministro fez uma espécie de discurso de despedida, indicando que não estará no próximo encontro do colegiado, que ocorrerá em janeiro.

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