Operação do MPRN apura desvios de verbas públicas em Ipanguaçu

Ação cumpriu seis mandados de busca e apreensão na cidade nesta quinta-feira (20).

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quinta-feira (20) a operação Prato Cheio com o objetivo de apurar um suposto esquema de desvios de verbas públicas da Prefeitura Municipal de Ipanguaçu na contratação de um restaurante para fornecimento de refeições a agentes públicos. Um ex-secretário municipal de Administração é um dos investigados na operação.

A operação Prato Cheio cumpriu seis mandados de busca e apreensão, sendo um dos alvos a própria sede da Prefeitura Municipal.

A ação contou com a participação de 4 promotores de Justiça, 12 servidores do MPRN e ainda de 28 policiais militares. Durante o cumprimento das diligências, uma arma de fogo em situação irregular foi apreendida e encaminhada à Delegacia de Polícia Civil da cidade para instauração inquérito policial.

Segundo o que já apurou o MPRN, o suposto esquema fraudulento foi iniciado em 2017, após a Prefeitura Municipal de Ipanguaçu contratar o restaurante para fornecimento de alimentação. Esse restaurante tem como proprietário um familiar do ex-secretário municipal de Administração.

O MPRN investiga se o próprio secretário teria sociedade no empreendimento, o que configuraria o crime de peculato. Em publicações em redes sociais já de posse do MPRN, o ex-secretário chegou a se apresentar como um dos donos do restaurante.

O restaurante contratado pela Prefeitura foi vencedor em quatro processos licitatórios promovidos pelo município de Ipanguaçu, todos no ano de 2017.

Coincidentemente, todas as licitações têm proximidade da data da inauguração e criação oficial do estabelecimento empresarial com a data em que o ex-secretário assumiu o cargo público. Com o material apreendido, o MPRN irá investigar se há envolvimento de outros agentes públicos nas supostas fraudes cometidas em Ipanguaçu.

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