Operação desarticula quadrilha que fraudava licitações no RN e mais quatro estados

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11/12) a segunda fase da Operação Recidiva, com o objetivo de desarticular organização criminosa responsável por fraudar licitações públicas em diversos municípios do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Pernambuco e Alagoas, desviando recursos públicos em favor próprio e de terceiros, fraudando também os fiscos federal e estadual.

A operação é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).

Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva, cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de sequestro, expedidos pela 14ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Patos/PB, nos municípios paraibanos de João Pessoa e Patos. Foram mobilizados para a operação cerca de 22 policiais federais e 2 auditores da CGU.

Após a deflagração da primeira fase da operação, restou caracterizado que os agentes criminosos estavam destruindo e ocultando provas deliberadamente para embaraçar a investigação criminal. Além disso, comprovou-se a falsificação de documentos do acervo técnico das empresas para participar fraudulentamente de licitações, por meio de atestados/certidões falsos emitidos por engenheiros das empresas investigadas.

Os investigados serão conduzidos à sede da Delegacia de Polícia Federal em Patos, onde serão interrogados.

Os crimes apurados nesta operação são os de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude a licitação, falsidade ideológica entre outros.

Na primeira fase da Operação Recidiva foram cumpridos oito mandados de prisão temporária, sete mandados de prisão preventiva, 27 de mandados de busca e apreensão e 17 mandados de sequestro de bens, expedidos pela 14ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Patos/PB, nos municípios paraibanos de João Pessoa, Barra de Santa Rosa, Brejo do Cruz, Emas, Imaculada, Juru, Patos, São José do Bonfim, São Sebastião de Lagoa de Roça e Teixeira, além de Fortaleza e Quiterianópolis no estado do Ceará. Posteriormente, houve a conversão de duas prisões temporárias em preventivas e decisão de nova prisão preventiva para um dos presos.

O nome da operação RECIDIVA significa: reaparecimento, recaída, reincidência, fazendo alusão à prática reiterada do cometimento dos mesmos crimes e do mesmo modus operandi pelos investigados, que já foram objeto de ações semelhantes.