ONU cria plataforma com histórias de mulheres afetadas pelo zika

Mulheres, jovens e adolescentes que vivem em áreas afetadas pela epidemia de vírus zika estão enfrentando os riscos da doença com coragem, criando redes de apoio para bebês com microcefalia e superando seus desafios com esperança e determinação.

É o que mostram as histórias de vida reunidas pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no novo espaço virtual “Histórias, Direitos e Zika”, lançado nesta quarta-feira (6).

O espaço traz relatos de mulheres que buscam responder às incertezas causadas pelo zika e decidir se e quando engravidar de modo seguro, proteger-se do vírus durante a gravidez e, nos casos de infecção, cuidar da melhor forma de seus bebês nascidos com microcefalia.

Histórias como de Débora de Andrade, moradora da comunidade Rosa Selvagem, de Recife, inauguram a série. Débora viveu a angústia de ser diagnosticada com zika durante a gravidez, mas descobriu no exame pré-natal que o bebê estava bem e que, na verdade, ela tinha chikungunya.

O espaço virtual será usado para compartilhar registros feitos pela equipe do UNFPA e parceiros durante atividades de campo desenvolvidas pela iniciativa “Atuando em Contextos de Zika: Direitos Reprodutivos de Grupos em Situação de Vulnerabilidade” em comunidades de Pernambuco e Bahia, estados que registram o maior número de casos de síndrome congênita de zika, como microcefalia.

O objetivo da iniciativa é mobilizar comunidades e ampliar o acesso a informações sobre o zika e seus efeitos na saúde das mulheres com um enfoque em direitos, igualdade de gênero e planejamento voluntário da vida reprodutiva.

A ação prioriza a população mais exposta ao vírus — mulheres em idade reprodutiva, especialmente adolescentes e jovens afrodescendentes de 15 a 29 anos das localidades com maior vulnerabilidade socioambiental ou com maior incidência de microcefalia e malformações sugestivas de infecções congênitas por zika.

As atividades foram realizadas em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e dez organizações da sociedade civil, com recursos do Fundo de Emergência Global do UNFPA e do governo japonês.

Fonte: ONU Brasil.