OMS: variação do vírus zika que circula na África veio “provavelmente” do Brasil
A agência de saúde das Nações Unidas confirmou que a cepa do vírus zika que circula em Cabo Verde é a mesma responsável pelo aumento de doenças neurológicas como a microcefalia na América do Sul.
De acordo com um comunicado de imprensa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus veio “provavelmente” do Brasil.
“Os resultados são motivo de preocupação, porque é mais uma prova de que o surto está se espalhando para além da América do Sul e está chegando na África”, disse Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África. “Esta informação vai ajudar os países africanos a reavaliar o seu nível de risco e adaptar e aumentar os seus níveis de preparação.”
Até 8 de maio de 2016, foram 7.557 casos suspeitos de zika em Cabo Verde. Três casos de microcefalia foram relatados, sendo que um pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) após ser enviado aos Estados Unidos. Até agora nenhum caso de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) foi relatado em Cabo Verde.
A organização alertou que estes países devem aumentar a comunicação de risco para mulheres grávidas, ampliando a conscientização sobre as formas de contágio e prevenção da doença, além de reforçar o controle sobre a propagação do vírus e os casos de malformações congênitas, como a microcefalia e a SGB.
Por meio de seu Sistema de Gerenciamento de Incidentes sobre o vírus zika inaugurado em fevereiro em Brazavile, na República do Congo, e em Genebra, a OMS continuará avaliando os riscos existentes, aumentando a vigilância e reavaliando a capacidade dos laboratórios de testes em países prioritários.
Além disso, a agência da ONU e seus parceiros irão apoiar os países da região africana a intensificar os esforços de detecção, confirmação e gestão de potenciais complicações relacionadas à infecção pelo vírus zika. Os investimentos feitos na África Ocidental durante os surtos de ebola serão reaproveitados no combate ao zika.
Fonte: Onu Brasil.