No RN, quase 31% das pessoas de 16 a 29 anos não estudam e não trabalham

Jovens que não estudam e não possuem ocupação possuem dificuldades para entrar no mercado de trabalho. O número de pessoas de 16 a 29 anos que não trabalhavam e não estudavam em 2016, no Rio Grande do Norte, correspondia a quase 31% do total desse público.

Uma causa disso pode ser o nível da educação. De acordo com o site Ranking de Competitividade, o estado ocupa a 17ª posição entre todas as unidades federativas no pilar que trata da Educação, em 2017.

Diante disso, os cursos técnicos são uma boa opção para quem pretende se manter atualizado e adquirir conhecimento, além de oferecerem capacitação e expandir as chances no mercado de trabalho para os estudantes. Na opinião do Gerente Executivo de Estudos e Prospectivas da CNI, Márcio Guerra, o ideal para os estudantes seria unir a formação técnica ao Ensino Médio. Para ele, a ensino técnico não elimina a necessidade da educação básica.

“A educação profissional tem um papel na sociedade que ainda não foi descoberto. Existe um certo preconceito mas é preciso entender que a educação profissional não substitui a educação superior. E também a educação profissional não elimina a necessidade de educação básica”.

Países desenvolvidos como Áustria, Alemanha e Finlândia investem na formação técnica dos jovens e possuem resultados positivos. A qualificação de profissionais é fundamental para o desempenho da indústria nesses países e a consequência disso é mão de obra qualificada e a geração de empregos.

Na opinião da especialista em administração da Universidade de Brasília, a UnB, Débora Barem, é preciso criar profissionais mais preparados para as necessidades do mercado de trabalho hoje.

“Se nós buscarmos todas essas questões em relação a ciência, engenharia, matemática, são ciências que estão ai para superar os desafios do mundo, viabilizar novos entendimentos, muito disso é falta do entendimento do aluno do que ele fará com aquilo”.

Além disso, de acordo com o SENAI, os profissionais técnicos podem ter salários de até 20% maiores quando comparados com os rendimentos dos trabalhadores que cursaram o ensino médio regular.