Ney Lopes: Por trás da notícia

Política surpreende. Imagina-se certa situação eleitoral, surgem novos fatos e tudo muda.

O PSDB do RN é um exemplo.

Antes das prévias nacionais, eram todos acomodados no governo petista e sinais de apoio à reeleição da governadora Fátima Bzerra.

Após as últimas prévias partidárias, a escolha do governador João Dória fortaleceu o grupo local.

Abrem-se perspectivas para candidaturas majoritárias próprias, como palanque para o nome indicado à presidência da República pelo partido.

Bolsonaro – O fortalecimento dos tucanos potiguares traz um grave problema: o veto da legenda a qualquer tipo de apoio aos aliados de Bolsonaro.

Sabe-se que é proclamado o apoio do PSDB-RN ao ministro Rogério Marinho, que disputará o senado federal, ao lado do presidente

E agora? A última pesquisa do IPESPE revelou a tendência do eleitor “rejeitar” candidatos “incoerentes, contraditórios” e com “casos pendentes na justiça”.

Embora o político tradicional não reconheça autonomia do eleitorado e ache fácil “misturar azeite com água” (como se fez no passado), em 2022 parece que será difícil.

Chance – A escolha do governador João Dória abre realmente espaço para o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, disputar o governo do Estado.

Porém, a densidade desse apoio, ainda depende do crescimento eleitoral de Dória e se ele irá ser o vice de Moro, ou não.

Além disso, os tucanos potiguares terão que convencer a cúpula do partido, acerca da aliança com Rogério Marinho, do PL bolsonarista.

Uma alternativa poderá ser o PSDB-RN fechar a chapa majoritária, apresentando também candidato ao Senado.

Incógnita – Por todas essas circunstâncias, é ainda duvidoso, se os tucanos no RN ganharão realmente espaço na disputa eleitoral de 2022.

Terão que construir caminhos, talvez ainda não conhecidos da opinião pública, para montarem um palanque confiável, o que será fundamental para o sucesso.

Do contrário, a legenda continuará com a fama da dubiedade de não definir-se, justamente a imagem que a direção nacional do partido quer mudar a todo custo.

Olho aberto
Infidelidade – O senador Flávio Bolsonaro vai para a quarta legenda em menos de três anos.

Eleito pelo PSL, mudou para o Republicanos e se transferiu para o Patriota.

Hoje, assina a ficha do PL.

Nordeste – Em janeiro, Sérgio Moro virá ao nordeste.

A previsão é visitar Bahia e Ceará.

Empresariado – Agrada ao PIB da “avenida paulista”, Celso Pastore assessor de Moro.

Desejam que ele seja tipo posto Ipiranga.

Memória – Em termos de solidariedade e reciprocidade política, de nada valeu o prestígio sem limite, que o governo Lula deu aos Bancos e empresas, que ganharam muito dinheiro, durante os seus mandatos. As linhas de crédito, com juros negativos, foram pródigas, até para compra de aviões de luxo.

Surpresa – O Ministro Nunes Marques votou a favor da liberação dos bens de Lula, penhorados pela Lava-Jato.

Tentativa – Ala do “União Brasil” defende lançar Eduardo Leite à Presidência, contra o grupo que prefere Moro.

Leite não disse que estaria com Doria na campanha.

Limitou-se a lhe desejar “sorte”.

Eduardo Leite – O governador gaúcho não concorrerá à reeleição. Irá estudar no exterior.

Voltará para disputar a candidatura a presidente, em 2026.

Bolsonaro e Lula – As pesquisas mostram que até hoje estão consolidadas as candidaturas de Lula e Bolsonaro.

Somados dão 54% das intenções de voto espontâneos e 67% estimulados.

Lula (42%) tem 31 pontos percentuais a mais do que Sergio Moro; Bolsonaro tem 14 pontos de diferença, em relação a seu ex-ministro.

Partidos – Avançaram as conversas entre PT, PSB e PCdoB sobre a formação de uma federação partidária.

O TSE ainda não regulamentou a lei das federações.

Vice – João Doria e Sérgio Moro terão encontro.

Diz-se que o paulista aceitaria ser vice do ex-juiz.

Militares – Bolsonaro não perde oportunidade para atiçar os militares.

Na formatura de sargentos da Aeronáutica pediu que todos fiquem “vigilantes sobre a situação do país”.

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