Ney Lopes: Finalmente, uma solução para o RN

Ney Lopes – jornalista, ex-deputado federal, professor de direito constitucional da UFRN e advogado

Em tempos de eleição, observa-se no RN a escassez de projetos concretos.

Predominam desaforos e agressões pessoais. Neste cenário, finalmente surge uma luz, que poderá iluminar o futuro do nosso estado.

Trata-se da implantação de um Polo Empresarial, ao lado do aeroporto Aluízio Alves, de São Gonçalo do Amarante, por iniciativa do eficiente prefeito de São Gonçalo do Amarante Paulo Emídio (amigo de muitos anos), seu vice Eraldo Paiva e o experiente Vagner Araújo, secretário de desenvolvimento econômico e turismo.

A área de 50 hectares está sendo cercada, terraplanagem concluídos licenciamento ambiental e infraestrutura de acesso à via metropolitana de Natal.

O Polo Empresarial em construção, nada mais é do que as sementes de um futuro polo exportador e turístico, à semelhança do que existe em vários países.

Vem de longe a minha luta em favor dessa proposta. No exercício de seis mandatos de deputado federal, sempre alertei, que sem uma sólida sustentação econômica, o aeroporto se tornaria “elefante branco”.

As taxas pagas pelos passageiros, aluguel comercial de espaços e armazéns de estocagem de produtos, não viabilizariam financeiramente o empreendimento.

Deixei a Câmara Federal em 2006 e incrivelmente a classe dirigente estadual perdeu em 2008 o grande momento para a viabilização econômica do nosso aeroporto, durante a votação no Congresso Nacional da lei 11.732.

Naquela ocasião, aprovou-se a criação de uma área de livre comércio em Roraima, que nunca saiu do papel.

A justificativa foi de que Roraima é fronteira terrestre.

Por que excluir o RN, que representa a maior fronteira aérea e marítima da América Latina?

Faltou quem defendesse o estado.

O porto marítimo que complementaria o escoamento das exportações seria construído em parceria com a iniciativa privada (PPP).

O Grande Natal é considerado a “encruzilhada do mundo”, por ser ponto geográfico estratégico nas Américas e Caribe, pela proximidade do Canal do Panamá, Europa, África, Ásia e Oceania.

Em 1999 trouxe ao RN o embaixador da China, que fez palestra na FIERN e para secretários do governo, colocando-se à disposição para obter a cooperação, que permitisse a implantação de uma área de livre comércio, em São Gonçalo do Amarante.

Nada adiantou.. Ninguém se sensibilizou.

 A área de livre comércio não ameaçaria as empresas locais, que teriam prioridade e atrativos para se instalarem e produzirem.

Por exemplo: essas empresas poderiam fornecer às  indústrias localizadas na área de livre comércio/RN, aumentando o seu volume de negócios e oferta de empregos; expandindo-se e implantando atividades direcionadas para as exportações; ganhando mais competitividade nos mercados externos; oportunidade de iniciar-se, ou ampliar experiência na atividade exportadora, sem ter que enfrentar as dificuldades de “garimpar” clientes no exterior, gastando dinheiro e negociando em contextos (e idiomas) estrangeiros.

Na ALC, o empresário negociaria em português.

Lei estadual criaria juntamente com a área de livre comércio, núcleos de apoio e produção nas regiões do agreste, Seridó, sertão, salineira, médio e alto oeste.

Esses núcleos forneceriam produtos nativos para exportação e mercado interno.

Do ponto de vista turístico, a iniciativa atrairia caravanas religiosas para visitas ao Monumento dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, religiosos católicos martirizados, em 1645, por holandeses e índios aliados.

O monumento já chega a receber 100 mil peregrinos em dias festivos como 3 de outubro, feriado estadual, quando se comemora a memória dos mártires.

A vocação da zona metropolitana de Natal é a implantação da primeira área livre de comércio do Brasil.

Produzir aqui no RN, empregar desempregados, criar oportunidades e aumentar as divisas brasileiras.

Como pré-candidato ao Senado nesta eleição, ficarei gratificado se puder ajudar na construção desse sonho.

Como deputado, apresentei projeto, hoje arquivado.

Agora, reapresentarei, se chegar ao Senado.

A legislação federal será fundamental, na definição dos incentivos às empresas, que geração milhares de empregos e oportunidades.

Dessa vez, o RN não poderá perder a oportunidade!

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