Natal tem o menor valor da cesta básica entre as capitais nordestinas

A cesta básica nordestina apresentou leve queda em outubro (-0,3%) e fechou o mês como a segunda mais barata entre as regiões do Brasil.

A informação é do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do Banco do Nordeste. A variação negativa de outubro contrapõe o aumento de 0,8% verificado em setembro, que toma como referência o mês de agosto.

A cesta básica do Nordeste encerrou outubro custando R$ 388,39. Na variação em 12 meses, ela ficou no mesmo patamar que a variação da cesta nacional, 21,0% para 20,7%. Natal, com uma redução de 0,2% na cesta de outubro, mas uma variação positiva de 18,5% nos últimos 12 meses, é a capital com o conjunto de produtos básicos mais em conta: R$ 366,90.

O valor é 13,2% menor que a cesta mais cara, de Fortaleza, que custa R$ 415,41. Maceió (R$ 403,12), Teresina (R$ 395,21) e São Luís (R$ 386,41) completam o topo da tabela. Recife (R$ 373,66), Aracaju (R$ 378,17) e João Pessoa (R$ 385,50), estão entre as capitais mais baratas depois de Natal.

De acordo com o estudo do Etene, a variação acumulada em 2016 é de 21,3%, acima dos 11,3% no igual período de 2015. Considerando os últimos 12 meses, a taxa de variação da cesta básica nordestina está em 21,0%, pouco acima dos 19,5% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.

Apenas três, das nove capitais nordestinas, apresentaram aumento no valor da cesta básica em outubro: Aracaju (1,6%), Maceió (2,1%) e São Luís (0,9%). Em Teresina e Salvador, observaram-se redução de -1,8% e -1,7%, respectivamente, em comparação a setembro.

A redução na cesta básica nordestina em outubro deve-se, principalmente, às variações negativas de -4,4% no preço da banana (peso de 9,7% na cesta mensal); de -4,7% no preço do feijão (peso de 12,6%) e -1,6% no preço do leite (peso de 6,8%). Os aumentos mais relevantes ocorreram na carne (1,6%), açúcar (3,9%) e arroz (2,4%).

FEIJÃO

Grande vilão no primeiro semestre de 2016, o feijão, que tem participação de 12,6% na cesta básica, teve redução média de 4,6%. À exceção de Maceió, em que seu preço aumentou 0,4%, o preço caiu em todas as outras capitais. As maiores reduções aconteceram em Aracaju (-8,3%), Recife (-8,0%) e Teresina (-6,8%).

Na avaliação dos últimos 12 meses, o feijão representa 9,9% da cesta média regional. O alimento teve o preço elevado em 78,6%, apesar da tendência de queda no preço observada nos últimos dois meses. Em todas as capitais nordestinas pesquisadas, a variação superou 50,0%. Os maiores aumentos foram em Aracaju (96,1%), Fortaleza (85,1%) e Natal (81,5%).

A cesta básica regional é resultado de pesquisa do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) com base em dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).