Mulheres assumem cargos de comando em facções do Rio e de São Paulo
Mulheres começam a aparecer como responsáveis por cargos de comando de facções criminosas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Entre as 13 pessoas ontem (22) na Operação Fractions (fração, em português), cinco são mulheres. As ações foram na zona norte do Rio, na Baixada Fluminense e em municípios do litoral
Uma das presas foi Marcela das Chagas, suspeita de agir como intermediária no fornecimento de armas e drogas entre as facções do Rio e de São Paulo. Também foram capturadas Thaysa Aparecida Campos da Conceição, a Magrinha, e Daiana da Silva Rodrigues – apontadas como responsáveis pelo abastecimento do tráfico de drogas em Bangu IV, no Complexo Penitenciário de Gericinó. Não foi divulgado o nome das duas outras presas.
A operação foi deflagrada por 250 policiais civis, comandada pela Delegacia de Combate às Drogas (DCD) do Rio, para cumprir 30 mandados de prisão.
O alvo foi o Complexo de São Carlos, nos morros do São Carlos, da Mineira e Querosene, além das comunidades Vila Aliança, Rola e Antares, todas na zona norte, além de comunidades em Itaboraí, Angra dos Reis, Macaé e Baixada Fluminense.
Investigações
As investigações da DCD concluíram que há uma disputa territorial entre as quadrilhas que dominam o tráfico nas comunidades do Complexo de São Carlos e da Rocinha, esta última na zona sul.
A guerra começou em setembro do ano passado, quando o traficante Rogerio Avelino da Silva, o Rogerio 157, então comandando o tráfico da Rocinha, aliou-se à maior facção criminosa de São Paulo.
A partir daí, os traficantes do Complexo de São Carlos iniciaram uma disputa para devolver o controle do tráfico na Rocinha à antiga facção, comandada por Antonio Bonfim Lopes, o Nem. A guerra levou ao fechamento dos acessos a São Conrado dias antes do início do Rock in Rio.
Atualmente, Nem e Rogerio 157 estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.
Agência Brasil