Mossoró perdeu mais de R$ 50 milhões em projetos, afirma secretária
De acordo com a secretária municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos, Kátia Pinto, a Prefeitura de Mossoró perdeu mais de R$ 50 milhões em projetos nos últimos anos. O levantamento foi feito para identificar problemas deixados pela administração anterior e mostrou que a Prefeitura de Mossoró perdeu verbas de convênios como o de erradicação e urbanização da Favela Wilson Rosado.
Localizada às margens da BR-304, a Favela Wilson Rosado está em área próxima à estação de energia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). A companhia entrou com ação para a remoção dos moradores do local, o que motivou discussão envolvendo o Ministério Público, moradores, a Chesf e o poder público municipal.
Além da verba para construção de casas populares, a Prefeitura perdeu, somente nos projetos relacionados à urbanização Avenida Rio Branco, R$ 32 milhões. Ainda segundo a secretária Kátia Pinto, os recursos de convênios não podem ser mais retomados.
“Falta analisar os motivos que levaram ao Município a perder verba que poderiam gerar emprego, renda e mais qualidade de vida à população mossoroense. O que posso dizer é que são convênios perdidos”, declara a secretária.
Kátia Pinto afirma que até a quinta-feira, 19 de janeiro, a Secretaria terá todas as informações sobre o problema envolvendo todos os projetos relacionados à Prefeitura de Mossoró. Depois disso, a Prefeitura participará de reunião com a Caixa Econômica Federal para detalhar o que pode ser feito em relação aos projetos perdidos e também sobre os que podem ser retomados, dependendo da contrapartida e do envolvimento da própria Prefeitura Municipal.
Francisco José Jr afirma que projeto de urbanização da Rio Branco era inviável para Mossoró
O ex-prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior, explicou em seu blog no Portal RN Mais, o que ocorreu quanto aos projetos não executados com verbais federais durante o sua gestão à Frente da Prefeitura Municipal de Mossoró.
Confira o posicionamento do ex-prefeito sobre o assunto:
“Imagine uma cidade em crise, com dificuldade para manter os serviços essenciais funcionando, e ter que arcar com uma contrapartida de aproximadamente R$ 200 milhões, em um projeto de urbanização para o qual estava destinado de recursos do Governo Federal R$ 32 milhões? Totalmente inviável para qualquer gestor que tenha o mínimo de responsabilidade e espírito público.
Ao contrário do que diz a secretária municipal de Infraestrutura do município, Kátia Pinto, Mossoró não perdeu os recursos federais, mas erros de elaboração no projeto de urbanização da Avenida Rio Branco impossibilitaram sua execução.
Durante a elaboração deste projeto, ainda na gestão da ex-prefeita Cláudia Regina, não foi previsto que a via não tinha espaço para acomodar linhas de ônibus, carros e bicicletas, ou que seria necessário para o município indenizar os proprietários dos imóveis de toda a avenida, (da altura da Ginásio Pedro Ciarlini, no centro, até o cruzamento da Avenida Rio Branco com a Avenida Coelho Neto, no Bairro Doze Anos), o que custaria aos cofres do município aproximadamente R$ 200 milhões. Com isso, foi inviável ao município sua execução.
Sobre a erradicação e urbanização da Favela Wilson Rosado, outro erro de quem procura responsabilizar nossa gestão. O prazo foi perdido em 2012, antes do início de assumirmos a Prefeitura de Mossoró. Tentamos recuperar, no entanto, não foi possível, apesar de todos os esforços”.
Assessoria