Mossoró ontem e hoje – Wilson Bezerra de Moura

Resolvi me reportar a Mossoró olhando para um passado distante. Naturalmente nos primeiros momentos de sua formação social, politica e econômica. Exatamente no instante em que a necessidade obriga o elemento de seu clã dar os primeiros passados na busca da sobrevivência, atendendo a uma imperiosa necessidade, agiu assim toda e qualquer sociedade humana: procurar na agricultura os meios de sobrevivência. Até porque este sempre foi o ponto inicial de qualquer atividade de sobrevivência.

Na concepção dos grandes pensadores, a terra sempre foi a principal fonte de riquezas e dela as primeiras pessoas tiraram a supervivência. Dela, naturalmente, partiram todas as demais fontes de riqueza. A agricultura ofereceu ao homem do campo, mesmo em condições precárias, o fruto de sua produção, o necessário para daí prosperar na comercialização dos produtos, de forma a extrair meios de vida.

Na antiguidade de sua história os primeiros movimentos industriais surgidos na cidade foram com a indústria de cigarros, na confecção de cata-ventos para utilização nas salinas para exploração do sal, na usina industrial de óleos, até chegar a época do desenvolvimento tecnológico, hoje com o grande progresso industrial salineiro.

Na esfera intelectual ocorreu uma sucessão gradativa, até o momento em que na chegada do primeiro bispo de Mossoró, Dom Jaime de Barros Câmara, este se preocupou com a educação, primeiro instalando e inaugurando o Seminário Santa Terezinha, sendo o seu primeiro reitor, depois com a criação de escolas, estendendo o ensino a todos os níveis sociais e o indispensável apoio aos colégios existentes, Diocesano e Colégio das Freiras, onde nesse local, em suas dependências, existia o ensino de cursos a interessados da cidade que não estudavam com matricula regular em colégios.

Mossoró teve o privilégio de se destacar no campo da literatura e do ensino superior com a fixação de inúmeros cursos superiores, a produção literária e intelectual com a fundação de várias entidades culturais, com a fundação de institutos culturais, fundações editoriais, a exemplo das FVR, além de academias, que sistematizaram o desenvolvimento intelectual.

Do seu passado extraímos o crescimento industrial e comercial sem esquecer a grande realidade do desenvolvimento intelectual por que passou, vencendo o tempo e atingindo o desenvolvimento.