Ministro alemão prevê triste auge da pandemia no período do Natal

Autoridades de saúde admitem atraso na adoção de medidas anticovid mais severas e expressam preocupação em relação às festas de fim de ano. "Se todos os adultos estivessem vacinados, não estaríamos nesta situação."

A quarta onda de coronavírus na Alemanha deve atingir seu auge desolador por volta do Natal, segundo previsão conjunta do ministro da Saúde do país, Jens Spahn, e do chefe do Instituto Robert Koch (RKI), Lothar Wieler.

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (03/12), Spahn e Wieler afirmaram que as perspectivas são ruins e admitiram que as medidas restritivas foram determinadas com atraso, mas que agora seria importante implementá-las consequentemente e monitorá-las para controlar a quarta onda de covid-19.

Spahn expressou preocupação em relação às festividades de fim de ano. Mesmo que as mais recentes medidas anticovid tenham um efeito imediato e o número de infecções possa ser gradualmente reduzido, a situação nas unidades de terapia intensiva dos hospitais vai “atingir seu triste clímax por volta do Natal”.

Na coletiva, Spahn e Wieler voltaram a pedir aos cidadãos que se vacinem contra a covid-19. O ministro comunicou que cerca de 925.800 pessoas – pouco mais de 1% da população alemã – são consideradas ativamente infectadas com o coronavírus. Atualmente, cerca de 4.800 pacientes com covid-19 estão em unidades de terapia intensiva.

Spahn apontou que o percentual de cidadãos não vacinados infectados e gravemente doentes é muito maior do que a mesma parcela na população geral – uma desproporcionalidade que serve de indicativo para a eficácia das vacinas em evitar desenvolvimentos mais graves da doença.

“A incidência entre não vacinados é maior em todas as faixas etárias em comparação com os vacinados”, disse Spahn na entrevista coletiva. “Se todos os adultos alemães estivessem vacinados, não estaríamos nesta situação difícil.” O ministro garantiu que há na Alemanha doses suficientes para 30 milhões de aplicações até o final do ano.

DW, pv/ek (AP, ots) com BBC

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