Laíre Rosado – Marketing e eleições

O marketing político continuará a existir. Ele não desaparecerá das campanhas eleitorais. As novas regras é que forçarão esse trabalho a um limite indesejável. No Brasil, nas últimas eleições, sempre ganhou o candidato/partido que mais gastou. Em Mossoró, não foi diferente. Na quinta-feira, um pré-candidato a prefeito foi orientado por marqueteiro e, entre as primeiras iniciativas, foi substituir o termo “ grupo de empresários” por “grupo de empreendedores”. Os efeitos práticos dessa troca de nomes serão analisados mais adiante.
Os primeiros resultados do trabalho de marketing foram ofuscados pelos acontecimentos nacionais que, no final de semana, ocuparam os principais espaços da mídia. Foi assim em todo pais. Não foi diferente em Mossoró.
Para os que assessoram os candidatos, a saída para o engessamento da campanha está no uso da internet. Os profissionais terão que dividir espaços com os técnicos da mídia para saber como a mensagem entrará mais rápido na casa do eleitor. Segundo o IBGE, somente 50,01% de brasileiros têm acesso a esse moderno meio de comunicação. Mantida a proporção em níveis locais, com 164.432 eleitores, 82.216 deles têm acesso às redes sociais. A outra metade terá que se limitar ao horário eleitoral gratuito, drasticamente reduzido pela nova lei eleitoral.
A internet foi utilizada pelos candidatos nas eleições de 2014, mas está longe de atingir os níveis de outros países, como Estados Unidos, México e Índia. Por isso é que os detentores de mandatos e os postulantes a cargos eletivos nas próximas eleições estão trabalhando em páginas de facebook esperando chegar mais próximo ao eleitor.